Título: Indústria negocia menos vacina
 
Yoshimi Shintaku disse que cafeicultores tiveram prazo de dívida prorrogado
 
A venda de vacinas contra febre aftosa no Brasil apresentou queda de 1,7% no primeiro semestre de 2002, em comparação ao mesmo período do ano passado. No total, as indústrias comercializaram 160,4 milhões de doses, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan).

A queda é atribuída ao Rio Grande do Sul, que comprou um volume menor de doses este ano. “Em 2001 o Rio Grande do Sul comprou 29,5 milhões de doses para aplicar duas vacinações em maio e junho. Como o estado voltou a vacinar em janeiro, só foram adquiridas sete milhões de doses, pois em dezembro de 2001 haviam sido compradas oito milhões”, disse Sebastião Costa Guedes, consultor para aftosa do Sindicato.

O presidente do Sindicato Rural de Marília, Yoshimi Shintaku comentou que segundo os dados divulgados, com a demanda do primeiro semestre e a previsão do Ministério da Agricultura para o segundo semestre de 180 milhões de doses, em 2002 os laboratórios comercializarão em torno de 340 milhões de doses. “Com isso, a previsão para este ano representa número 6% mais que o fornecimento do ano passado”, completou.

CAFEICULTURA – Yoshimi Shintaku comentou ainda que o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a prorrogação das dívidas dos cafeicultores contratadas na colheita da safra 2001. O montante renegociado, por 12 anos, é de R$ 44 milhões. A resolução permitiu o alongamento das dívidas contraídas após 23 de junho de 2001. À época, o governo tinha uma linha de crédito, no valor de R$ 70 milhões, mas que parte não havia sido contratada.

Agora, os cafeicultores têm até 31 de outubro para renegociar o valor. Com o instrumento, os produtores têm prazo de pagamento de 12 anos, com carência de três anos, a juros de 8,75% ao ano, e bônus de adimplência de 3,75%. Segundo Gerardo Fontellis, assessor para assuntos agrícolas do Ministério da Fazenda, a não-propagação colocava os produtores em situação de inadimplência, impedindo a contratação de novos empréstimos.