Título: Governo pode estimular plantio de milho
 
Yoshimi Shintaku disse que secretário de política agrícola acredita em paridade de preços entre milho e soja
 
O Sindicato Rural de Marília divulgou que o Ministro da Agricultura e Abastecimento, Pratini de Moraes informou que o governo poderá adotar medidas adicionais de estímulo ao cultivo do milho se constatar uma baixa venda de sementes no plantio da safra de verão. Segundo as informações apresentadas pelo Ministro durante videoconferência para detalhar o Plano Safra 2002/2003, temendo o desabastecimento interno, o governo destinou ao preço mínimo do milho o maior percentual de correção: 28%.

Além do percentual, o governo lançou pela primeira vez contratos de opção que permitem venda antecipada da produção, com preço de R$ 15 a saca de 60 quilos. Yoshimi Shintaku, presidente do Sindicato Rural explicou que o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Célio Porto disse que o milho poderá obter na próxima safra, preços tão ou até mais remunerados que a soja. “Isso porque, segundo o secretário, o mercado interno caminha para a paridade com a exportação”, comentou.

Yoshimi Shintaku disse que segundo os dados divulgados, os preços recordes da soja no mercado internacional, a queda da produção e as exportações são os fatores que ameaçam o abastecimento interno de milho. “As informações mostram ainda que no Paraná, maior produtor nacional de milho, a seca provocou quebra superior a 40% na safrinha e a Secretaria Estadual da Agricultura prevê queda de 4,5% na área plantada na safra de verão, com a transferência de terreno para a soja”, falou. A previsão da colheita para a safra 2001/2002, que está em conclusão, é de 36 milhões de toneladas, 13% a menos que na anterior.

O Ministro sugeriu que estados e municípios se engajem na estratégia federal de estimular a cultura. Já o secretário de política agrícola explicou que o governo comprará até 5 milhões de toneladas por meio de contratos de opção.