Título: NATAL 2014 - Dirigente da Acim pede cautela e criatividade
 
Gilberto Joaquim Zochio, segundo vice presidente da Acim, avalia tendência deste Natal
 
O segundo vice presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), Gilberto Joaquim Zochio, ao analisar as tendências econômicas quanto ao Natal deste ano, está sugerindo cautela com criatividade. “A massa salarial ainda não parou de crescer, os indicadores de movimento no varejo ainda não mostram um cenário totalmente negativo e mesmo assim, os números são moderados”, disse o dirigente ao observar no acumulado até a primeira quinzena de dezembro, o Indicador de Movimento do Comércio a Prazo (IMC) que mostra um resultado 1,9% positivo – o Indicador de Movimento de Cheques (ICH) não passa dos 2,1% de alta. “Não é um quadro ruim, e sim cauteloso”, reforçou o dirigente mariliense.

Embora tenha se mantido dentro das expectativas, esses números são um claro retrato do resfriamento do varejo, admite Gilberto Joaquim Zochio, ao lembrar que 2013 “foi um ano muito complicado”. “As capitais tiveram uma situação diferenciada, pois os protestos de junho forçaram o fechamento do comércio de rua para “evitar quebra-quebra” e outros tumultos”, lembrou ao mostrar a mudança de comportamento dos números estatísticos e até a situação que passa o comerciante em geral. “Chegamos a ter uma redução de 10% no movimento do comércio em alguns meses, sem deixar de dizer que a Copa do Mundo e as Eleições Presidenciais atrapalharam”, completou ao projetar a performance para este ano.

A boa notícia é que, por ora, a inadimplência continua sob controle. A taxa líquida de inadimplência acumulada fechou novembro em 4,7%, próximo aos mais baixos níveis desde 2009. De acordo com o vice presidente da Acim, o ano deve terminar com uma taxa líquida de cerca de 4,6%. “A tendência é de queda. As pessoas estão endividadas, cautelosas e com um pouco de receito em gastar”, comentou. “Somado a isso, há uma maior dificuldade de acesso ao crédito que passa a ser um complicador de consumo”, afirma Gilberto Joaquim Zochio. “O desemprego ainda nem entra em questão, e se houver piora dos indicadores neste item no ano que vem, essa taxa poderá voltar a subir”, concluiu.

Até a primeira quinzena de dezembro, o Indicador de Registro de Inadimplência (IRI) somava mostra uma alta de 2,3% frente ao mesmo período em 2013. Porém, o Indicador de Recuperação de Crédito (IRC) aponta uma alta de 2,9% nos números de pessoas que saíram da inadimplência nesses 11 meses e meio. “Há mais pessoas saindo da inadimplência que entrando”, comparou Gilberto Joaquim Zocgui que sugere criatividade e bom senso neste momento delicado. “Sabemos viver na crise, que nunca some, apenas aumenta ou diminuiu de intensidade”, ensinou o experiente empresário no ramo de materiais de construção.

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