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Diante da primeira quinzena de janeiro o placar do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo já revela como será o apetite do fisco em 2015. O painel eletrônico registrou na última sexta-feira, por volta das 13 horas, R$ 100 bilhões arrecadados pelo Governo. “Esse valor representa a quantidade de impostos, taxas e contribuições pagas pelos brasileiros do dia primeiro de janeiro até então”, apontou Gilberto Joaquim Zochio que sempre acompanhou o “impostômetro”, importante instrumento de monitoramento sobre a carga tributária. “É um absurdo aumentar a arrecadação de impostos por meio da elevação da carga tributária”, criticou o dirigente da associação comercial mariliense, que defende o fortalecimento da economia como sendo a fonte para aumentar os caixas do governo. “Da forma como estamos indo é de que a carga tributária cresça apenas em função da inflação e da elevação do PIB (Produto Interno Bruto). Sem aumento de impostos”, falou o segundo vice presidente da Acim.
O começo do ano é um período no qual as famílias mais sentem o peso da carga tributária. Além da taxa de licenciamento de veículos, nessa época há os gastos extras com material escolar. Um estudo do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) mostra que os pais entregarão ao Leão 47,49% do valor para por uma caneta. Este porcentual representa a carga tributária incidente sobre este produto. Da maneira similar, do preço de uma régua, 44,65% são tributos. No caso dos apontados, da borracha e da agenda, 43,19%. No uniforme escolar, os tributos incidentes representam 34,67% do preço final do item. “Sem dúvida alguma é preciso pesquisar preços para que haja um investimento dentro do previsível”, disse Gilberto Joaquim Zochio que considera importante o planejamento familiar neste momento de investimento no material escolar. “A variedade de preços é grande e a pesquisa é a melhor maneira de se evitar um gasto além do necessário”, comentou.
No dia 29 de dezembro o painel da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que registra os valores em impostos, taxas e contribuições pagos pelos brasileiros chegou a R$ 1,8 trilhão. Desde 2005, quando o Impostômetro foi instalado no Centro de São Paulo, esta foi a primeira vez que o total arrecadado chega a essa cifra. Em 2005, a carga tributária era de 33,38% do PIB; em 2013, passou para 35,95% do Produto Interno Bruto. “Esse número mostra que a arrecadação tributária cresceu, acompanhando o aumento da inflação em 2014”, aponta o segundo vice presidente da Acim. Os principais impostos incidem sobre os preços e, portanto, a inflação implica também em elevação de receita tributária. “Além disso, o crescimento da economia perto de zero em 2014 não contribui para o incremento da arrecadação”, acrescentou Gilberto Joaquim Zochio.
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