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De acordo com Adriano Luiz Martins esta diferença se deve a dois fatores: liquidação da dívida ou fim do prazo de registro. “É importante que o comerciante registre a dívida, pois, desta forma terá cinco anos para cobra-la judicialmente, se for o caso”, disse o dirigente da associação comercial mariliense que estimula os associados a registrarem os CPFs de consumidores que estiverem inadimplentes na loja. “Ao registrarem a dívida os comerciantes passam a restringir o CPF do devedor em todo o comércio no território nacional, quanto ao crediário”, ressaltou o dirigente que considera importante este comportamento por parte do lojista. “Uma vez informando que o consumidor tem uma pendência, ele avisa todos os outros comerciantes de que existe uma dívida pendente daquele consumidor, e bloqueando o crediário, na esperança de receber o mais breve possível”, disse o primeiro vice presidente da entidade.
No mês de fevereiro atingiu o valor de R$ 13.920.269, que deixaram de circula entre as lojas da cidade de Marília, por ser o valor de dívida dentro do prazo de cinco anos. Desse valor, existem 53.361 dívidas cadastradas, bloqueando 27.888 devedores, que deixaram de ter crédito no comércio pelo Brasil. “Isto quer dizer que existe uma média de quase duas dívidas por CPF bloqueado”, comentou Adriano Luiz Martins que considera elevado ambos os números. “Para uma cidade como a nossa, sem dúvida números elevados, principalmente diante da realidade do nosso comércio que é tão difícil quanto a qualquer outra cidade”, lamentou o primeiro vice presidente da Acim. “Entre os devedores cadastrados somente no mês de fevereiro, as mulheres estão em maior número”, anotou o dirigente da Acim ao verificar os 714 registros femininos, diante dos 507 masculinos. “A tendência é esta já que entre o acumulado dos últimos cinco anos, as mulheres também estão em maior número”, comparou ao verificar a existência de 12.420 devedoras cadastradas diante dos 7.629 devedores com CPF bloqueados para o crediário no comércio.
O presidente da Acim, Libânio Victor Nunes de Oliveira, lamenta o elevado valor na inadimplência acumulada nos últimos cinco anos, pois, este dinheiro poderia melhorar a qualidade de vida da comunidade em geral. “Com esse dinheiro parado o comerciante deixa de investir na loja, no número de funcionários, no pagamento de tributos e na compra de mais mercadorias”, lamentou o dirigente ao ressaltar que o comerciante é o maior prejudicado com isso. “O lojista perde o produto, ou serviço, e deixa de receber o dinheiro correspondente”, frisou ao sugerir, também, que o comerciante registre os débitos existentes na empresa. “Não deixa de ser uma maneira de pressionar o devedor para quitar o débito”, opinou.
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