Título: Sindicato Rural se reúne para discutir acordo salarial
 
Diretoria do Sindicato Rural de Marília se reúne para discutir sobre dissídio coletivo
 
A diretoria do Sindicato Rural de Marília estará reunida em Assembléia Geral Extraordinária, no dia 4 de novembro, na sede da entidade, com os proprietários rurais associados, para discutir o índice de reajuste salarial para os trabalhadores rurais e outras reivindicações sugeridas no dissídio coletivo apresentado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Marília. Segundo o presidente do sindicato patronal, Yoshimi Shintaku, desde setembro as conversas estão sendo realizadas com os representantes da classe dos trabalhadores na busca de um acordo.

A data limite para o dissídio coletivo foi dia primeiro de outubro, mas até então não se chegou a um acordo quanto ao índice do reajuste salarial. “Em todos os anos a situação é parecida pois os trabalhadores sempre querem mais o que a classe patronal pode aceitar”, comentou Yoshimi Shintaku que sempre procurou acertar de forma antecipada, para evitar discussões processuais ou até mesmo para que a decisão não seja levada para ser avaliada pela Federação das duas entidades.

Segundo Yoshimi Shintaku, que não quis falar em número, o importante é que as duas instituições conversem o máximo possível até chegar ao limite das possibilidades de ambos os lados. “É uma questão de coerência”, disse ele. “Os trabalhadores sempre vão achar que o reajuste é pouco”, comentou com experiência de proprietário rural e sindicalista. “O dono da propriedade sempre achará que o reajuste é elevado”, falou. “É preciso que trabalhadores e patrões encontrem um número que esteja dentro da realidade e das possibilidades dos dois”, comentou.

Yoshimi Shintaku disse que a discussão não gira entorno apenas dos índices. Existe uma série de situação, que são colocadas dentro do dissídio coletivo de trabalho. “É uma polêmica muito grande do lado patronal, pois além do salário entra como despesa a residência, os fornecimentos de água, luz, em alguns casos locomoção e tantas outras obrigações do proprietários rurais”, disse ao mostrar que o trabalhador rural além de receber o salário, recebe outras gratificações êxtras que são resguardadas no próprio dissídio.

A Assembléia Geral Extraordinária tem a finalidade de deliberar sobre a concessão de autorização e dar poderes especiais à Diretoria do Sindicato Rural de Marília para que negocie com os representantes dos trabalhadores até às últimas instâncias. A votação será por escrutínio secreto, de acordo com o artigo 612 da CLT. “É importante que o máximo de pessoas associadas compareçam para que possamos ter o apoio da maioria nesta negociação que beneficiará toda a classe patronal”, explicou Yoshimi Shintaku.