Título: Dirigente rotário participa, em Brasília, de debate sobre a Pólio
 
Rotarianos do Brasil estiveram presente no debate nacional sobre estratégias com a campanha contra a paralisia infantil
 
O Governador do Distrito 4510 do Rotary International, o advogado Murillo Alvarez Alves, associado ao Rotary Club de Piratininga, participou no início deste mês, de evento em Brasília, DF, do lançamento do “Plano Nacional de Resposta a um Evento de Detecção de Poliovírus e um Surto de Poliomielite: Estratégia Brasil”, promovido pelo Ministério da Saúde do Brasil, pela a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e pela The Rotary Foundation. “No ano em que o Brasil comemora 32 anos sem nenhum caso de poliomielite, a queda na cobertura vacinal tem gerado preocupação diante dos riscos de reintrodução da doença no país”, justificou o dirigente rotário da região centro-oeste do interior do Estado de São Paulo, que fez parte da comitiva rotária presente no evento de discussão nacional sobre a pólio.

De acordo com o Governador do Distrito 4510 do Rotary International a poliomielite pode se espalhar rapidamente entre comunidades com cobertura vacinal inadequada, não é tratável, mas é totalmente evitável por vacinação. “O trabalho do rotariano é fazer com que os pais e responsáveis levem as crianças para serem vacinados”, disse o dirigente ao reconhecer que a cobertura vacinal caiu abaixo de 80% em quase todos os países das Américas nos últimos anos e quatro deles estão em risco muito alto de reintrodução do poliovírus selvagem: Brasil, Haiti, Peru e República Dominicana. “Esse é o alerta”, disse Murillo Alvarez Alves, ao demonstrar preocupação com o descaso popular. “Argentina, Bahamas, Bolívia, Equador, Guatemala, Panamá, Suriname e Venezuela estão em risco alto”, acrescentou o rotariano ao lembrar dos outros 18 países e territórios que se encontram em risco médio e 14 em risco baixo. “A cobertura vacinal recomendada para evitar a reintrodução do vírus é de 95% ou mais”, disse.

A representante da OPAS e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, Socorro Gross, fez um alerta sobre esse cenário atual e destacou que o Brasil é referência no combate à poliomielite, trabalhando com a força tripartite – nacional, estadual e municipal – que o Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro tem. “Nós temos a região livre da pólio desde 1994 e temos um país (Brasil) que trabalhou muito para isso, foi muito solidário com outros países das Américas e continua sendo, compartilhando vacinas, tecnologias e trabalhadores”, afirmou, mesmo reconhecendo o bom trabalho de vacinação que o Brasil tem desenvolvido junto as fronteiras. “Essa iniciativa protege as áreas que são muito relevantes para o país como são as fronteiras, mas também traz o que precisamos na região das Américas: países de mãos dadas pelo bem que é a saúde”, defendeu.

O curador da The Rotary Foundation Marcelo Haick disse que a erradicação da pólio é identificada por eles como a prioridade humanitária com alcance global número 1 e que a atuação ocorre com foco na arrecadação de fundos, advocacia e defesa da causa, mobilização e melhoria da eficiência vacinal. “Este encontro é histórico e decisivo, pois, somente todos juntos e alinhados é que poderemos vencer o vírus”, reforçou ao valorizar o lançamento do “Plano Nacional de Resposta a um Evento de Detecção de Poliovírus e um Surto de Poliomielite: Estratégia do Brasil”. “Este plano tem o objetivo de estabelecer diretrizes de resposta nas três esferas de gestão, de forma coordenada, apresentando cronogramas e indicando fluxos para fortalecer a vigilância epidemiológica, o acesso à vacinação e a capacidade nacional dos estados e municípios para manter o Brasil livre da pólio”, explicou Murillo Alvarez Alves.

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