Título: Estado vacina rebanho contra aftosa até dia 30
 
Yoshimi Shintaku alerta para a importância da vacinação contra aftosa e raiva
 
A aplicação das doses de vacina contra aftosa devem imunizar desde os rebanhos das grandes propriedades até uma única “vaquinha” da periferia da cidade, a afirmação é do presidente do Sindicato Rural de Marília, Yoshimi Shintaku, ao acompanhar o pronunciamento do secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, João Carlos Meirelles, quando promoveu o lançamento da Campanha de Vacinação Contra Aftosa e Raiva, que vai de 1º a 30 de novembro.
De acordo com Yoshimi Shintaku, o secretário Meirelles disse que é preciso manter São Paulo na condição de Estado Livre de Aftosa com Vacinação, posição conquistada há mais de cinco anos. Das 167 milhões cabeças de gado em todo o Brasil, 13 milhões, ou 8% do rebanho, é de São Paulo, atualmente responsável por 67% de toda a exportação brasileira, incluindo carne "in natura" e industrializada.
Um sistema de cadastro de vacinação digno do primeiro mundo, é uma das medidas implantadas pelo Governo do Estado para garantir a qualidade do produto. "Qualquer problema de aftosa fecha imediatamente os mercados de exportação. Nós não podemos correr o risco, porque São Paulo exporta U$ 850 milhões de dólares em carne, "in natura" e industrializada, de um total de U$ 1,2 bilhão exportado pelo País", destacou o presindente do Sindicato Rural de Marília, ao observar os últimos números da pecuária.
Já a imunização contra raiva dos herbívoros, inoculada pelo morcego hematófago e transmissível ao ser humano, será realizada em 17 regiões do Estado onde ainda há ocorrências da doença. São as chamadas regiões endêmicas, onde o próprio relevo geográfico oferece abrigos e, consequentemente, condições de proliferação aos morcegos. "É compulsória a vacinação contra a raiva. O indivíduo que não vacinar vai ter seu rebanho vacinado pela agulha oficial e multado", alertou o secretário em documento enviado aos ruralistas da região.
Yoshimi Shintaku explicou que apesar do controle sistemático exercido no campo, descobrindo focos, capturando e controlando a população dos morcegos, a raiva dos herbívoros vem aumentando assustadoramente em algumas regiões do Estado de São Paulo. "Com a modernidade, as galerias construídas para drenagem de água, por exemplo, tornam-se excelentes abrigos para os morcegos hematófagos", disse o líder sindical de Marília. As regiões escolhidas para vacinação contra raiva abrangem todo o Vale do Paraíba, o Vale do Ribeira, Região Metropolitana de São Paulo, e pontos isolados como Bragança Paulista, Franca e Botucatu.