Título: Traição via web motiva cada vez mais separações
 
Será que pessoas comprometidas, que se envolvem com alguém pela Internet, em salas de bate-papo, podem ser consideradas infiéis, mesmo não tendo ocorrido contato físico? De acordo com estudo realizado pela Universidade da Flórida, em Gainesville, a resposta para a questão depende do ponto de vista.

Conforme a pesquisa, que entrevistou 76 homens e 10 mulheres, de 25 a 66 anos, 83% dos casados que se relacionaram virtualmente afirmaram não considerar errado o que estavam fazendo, enquanto o restante (17%) admitiu o erro, mas consideravam-no uma forma “light” de traição, que poderia ser facilmente justificada. Mas os parceiros dessas pessoas discordam do caráter inofensivo das relações virtuais: disseram sentir-se traídos, mesmo não tendo acontecido o encontro corpo-a-corpo e afirmaram que o sofrimento é real.

Nos EUA, os flertes que ocorrem nas salas de bate-papo vem sendo um dos motivos mais recorrentes nos pedidos de separação de casais do país. O “fenômeno” não fica restrito apenas ao cotidiano norte-americano, divulgou o site Ananova.com. Entre os britânicos, o número de pessoas que busca ajuda para salvar o casamento, depois de terem sido flagradas em relações extraconjugais virtuais, também está aumentando.

Beatriz Mileham, da University da Florida, que conduz o estudo, afirma que a Internet será futuramente a forma mais comum de infidelidade, “se já não for”, ressalta. Cerca de 649 milhões de pessoas usam a rede mundial de computadores atualmente, o que faz das salas de bate-papo um universo irresistível para os casados que querem pular a cerca, explica Beatriz.

Colaboração de Guilherme Mendonça, gerente de negócios da Impact, empresa de assessoria a Internet de Marília