Título: OAB faz proposta para amenizar prejuízo da paralisação
 
Reunião no Fórum Trabalhista de Marília discutiu detalhes da greve dos servidores federais
 
Um grupo de advogados, formado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subsecção de Marília, esteve reunida na 2ª Vara da Justiça Trabalhista de Marília, com a juíza Keila Nogueira Silva, que recebeu um documento da comissão dos profissionais do Direito e conversaram à respeito da greve do servidores públicos federais, que está paralisando os fóruns trabalhista desde o dia 14. “Não é um documento de repúdio e sim uma carta de solidariedade e proposta de uma conduta diferente nesta greve, em que a Ordem considera uma forma de se buscar os direitos reclamados”, disse o presidente da subsecção de Marília, Luis Carlos Pfeifer que fez questão de deixar claro que os advogados não são contrários aos grevistas. “Se um advogado disser que às pessoas que sejam contra a luta pelos seus direitos, não deve ser um profissional correto”, frisou.

Na opinião do grupo de advogados formados pela OAB de Marília o prolongamento da greve irá prejudicar muito os profissionais do direito, em razão dos vencimentos dos prazos e de processos que estão em andamento, ficarem todos parados enquanto a greve perdurar. “A proposta da OAB é que sejam liberadas: as guias, alvarás e certidões que estejam prontos e as cargas de processos que já tenham sido publicados”, falou o representante dos advogados de Marília e região. “Seria uma forma de se adiantar o andamento dos processos, amenizando a situação dos advogados trabalhistas que terão sérios problemas se esta greve durar muito tempo”, disse.

O encontro serviu para que os integrantes da OAB de Marília tomassem conhecimento da dificuldade do trabalho dos servidores federais que atuam de forma precária com poucos funcionários, falta de espaço físico, estrutura inadequada e equipamentos superados e sem manutenção. “Não sabíamos que a situação era tão complicada assim”, disse Carlos Alberto dos Santos Mattos, secretário da OAB de Marília. “Além disso, o Governo Federal está dificultando ainda mais a vida de cartorários e dos funcionários do Fórum Trabalhista”, disse Augusto Severino, vice-presidente da OAB de Marília.

Segundo Keila Nogueira Silva, diretora do Fórum Trabalhista de Marília, hoje a entidade atua com 11 funcionários em cada vara trabalhista de Marília, tendo uma média de três a quatro mil processos por mês, nas duas varas existentes. “A greve é um fato é deve ser visto com justiça”, disse a juíza ao receber o documento elaborado pela OAB de Marília. “Não queremos a paralisação da greve e sim uma adequação para que os advogados não tenham graves prejuízos como aconteceu na greve da Justiça Estadual na última vez”, comentou Luis Carlos Pfeifer.