Título: Acim reúne comerciantes e Secretaria da Fazenda
 
Sérgio Lopes Sobrinho busca novas alternativas para os lojistas de Marília e região
 
Comerciantes da cidade de Marília que utilizam sistema de venda através de cartões de crédito, estão sendo convocados pela Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), para uma reunião, terça-feira, dia 26, às 9 horas, na sede da entidade, quando o inspetor fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, Arquimedes Valin, estará reunido com empresários de diversos segmentos comerciais da cidade, explicando as novas normas de conduta entre o comércio e as operadoras de cartão de crédito.

Recente aconteceu uma reunião neste sentido, quando a Acim intermediou um encontro entre um grupo de comerciantes e um representante das operadoras de cartão de crédito. O impasse é quanto a necessidade de registro da transação comercial junto ao emissor de cupom fiscal, obrigatório por lei. A operacionalidade do sistema é complicado e oneroso para os estabelecimentos comerciais, que passaram a não adotar mais as vendas por cartão de crédito. “Na verdade deixou de ser vantajoso para o comerciante vender através do cartão de crédito”, disse o presidente da Acim, Sérgio Lopes Sobrinho, que vem buscando uma solução neste sentido de âmbito estadual, como vice-presidente da Federação das Associações Comerciais de Estado de São Paulo (Facesp). “Este impasse não é uma particularidade da cidade de Marília”, afirmou o dirigente.

Alternativas e queda do custo operacional são as expectativas dos comerciantes e dos dirigentes da Acim, quanto ao encontro. Segundo o presidente Sérgio Lopes Sobrinho existe uma comodidade muito grande para o consumidor em efetuar as compras através do cartão de crédito, mas nem todos os estabelecimentos comerciais disponibilizam o sistema em razão da complexidade do serviço, das elevadas tarifas cobradas e agora a ineficácia quanto ao emissor do cupom fiscal. “Para o comerciante não compensa vender pelo cartão”, reforçou o dirigente que acredita ainda ser complicado haver grande número de lojas que optem pelo sistema. “As operadoras fazem muitas exigências, cobram caro e agora precisam se adequar às exigências da Lei”, falou. “Quem não deve pagar por isso é o lojista”, defendeu. “Por se tratar de uma prestação de serviço, são as operadoras que devem apresentar soluções práticas, legais e principalmente de baixo custo”, comentou.

Segundo estudos da Acim, o número de lojas que adotam o sistema de cartão de crédito não atinge 20% de todas os estabelecimentos comerciais marilienses. “O centro comercial e os shoppings são as maiores concentrações do sistema”, disse José Augusto Gomes, diretor administrativo da Acim. “Nesses locais o cartão de crédito era utilizado na maioria das lojas”, acredita.