|
||||
 |
Yoshimi Shintaku, presidente do Sindicato Rural de Marília disse que esse movimento de alta, entretanto, não pode ser visto como um início de recuperação das cotações. “Isso porque o quadro no mercado internacional continua crítico, com elevada oferta mundial (produção mais estoques), além da demanda estável”, completou. Conforme Shintaku, como se sabe, uma recuperação consistente das cotações só deve ocorrer daqui a alguns anos, quando o equilíbrio entre oferta e demanda mundial de café estiver mais próximo.
O presidente do Sindicato Rural de Marília lembrou que a queda é bem mais acentuada, de 35,7%, quando comparado o atual nível de preços ao verificado em novembro do ano passado, quando a segunda posição na Bolsa de Nova York apresentou média de 76,2 cents/lb. “Somente neste ano, a cotação média da primeira posição acumula perda de 34%”, falou. Os elevados estoques nas mãos dos países consumidores continuam sendo uma das principais fontes de pressão sobre os preços.
Shintaku explicou que os estoques foram avaliados em 20,85 milhões de sacas em setembro pela empresa Tristão UK, volume muito acima do registrado em janeiro de 1999, quando somavam apenas 8,4 milhões de sacas. “Os estoques certificados da CSCE têm apresentado queda nas últimas semanas, chegando a cerca de 2,97 milhões de sacas”, completou. Segundo o presidente do Sindicato Rural de Marília, essa redução de estoques é explicada em parte pelo aumento sazonal do consumo provocado pela chegada do inverno nos países consumidores. “Esse aquecimento da demanda deve, portanto, trazer algum suporte aos preços nos próximos meses, mas não será suficiente para compensar a pressão que vem no outro sentido, de queda”, finalizou.
