Título: Santa Casa participa de ato público por melhorias
 
Julio Brandão disse que participação da Santa Casa será através de faixas e informações aos funcionários
 
A Santa Casa de Misericórdia de Marília participa hoje (07) de movimento da Federação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Estado de São Paulo (Fesehf) e do Sindicato das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Estado de São Paulo. A rede hospitalar filantrópica luta pela melhoria da qualidade de assistência aos usuários do Sus, garantindo que cada cidadão seja atendido dignamente. De acordo com a Federação, a rede hospitalar filantrópica encontra-se sem condições de continuar prestando atendimento nos moldes que estão em vigor.

Documento enviado pelos organizadores do movimento explica que o cenário de consecutivas crises e sinais de desrespeito instaurado no dia a dia das Santas Casas e Entidades Filantrópicas tomou proporções insustentáveis. De um lado, tenta-se consolidar a firme decisão de extinguir o setor, numa visão distorcida do texto constitucional que define saúde como dever do Estado; do outro, o hospital privado filantrópico, atendendo a maioria esmagadora da população não atendida pelo Poder Público.

Julio César Brandão, provedor da Santa Casa disse que a maior rede de hospitais do Estado decreta estado de calamidade pública e promove ato público em prol da sobrevivência dos hospitais e por conseqüência a garantia do atendimento à população. “O Sus foi criado com o objetivo de atender a população mais carente, embora seja universal”, comentou. Segundo o provedor, o documento sobre o ato diz que à vista da urgência e da importância dos problemas e em nome do interesse da população mais carente, o movimento requer o aporte financeiro ao Sistema Sus, não como quem pede favores, mas como quem clama medida de interesse público.

O documento explica ainda que o orçamento da saúde na assistência ambulatorial e de internação no ano de 1996 era de 8, 5 bilhões, e em 2002 passou para 12 bilhões, portanto um aumento de recurso de 45%, sendo que nesse período a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) registra uma inflação superior a 180% na área de saúde. O reflexo dessa defasagem levou as nossas instituições a uma grave e crônica crise financeira.