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A Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC, na sigla em inglês) anunciou que estudará maneiras de manter as linhas de telefonia móvel livres de mensagens indesejadas como as que sobrecarregam as redes de computadores, enquanto a Comissão Federal de Comércio norte-americana (FTC) vai explorar a possibilidade de estender seu registro de usuários que não desejam receber chamadas de telemarketing ao domínio do email.
Em eventos separados, os presidentes de ambas as agências exibiram níveis de entusiasmo muito distintos quanto às suas tarefas. Michael Powell, presidente da FCC, comparou as mensagens de spam a “baratas” e disse esperar que esforços do governo norte-americano e do setor privado possam “exterminá-las de suas salas de estar eletrônicas”, em uma reunião de sua organização.
Timothy Muris, presidente da FTC, enquanto isso, repetiu suas dúvidas quanto à eficácia de uma lista de bloqueio de spam contra operadores comerciais que já vêm violando a lei. “Não vi nada que me leve a mudar de opinião, mas estamos conduzindo um estudo em profundidade e talvez surjam alguns novos indícios, dessa forma”, disse Muris em conferência de especialistas em defesa do consumidor.
Guilherme Mendonça, gerente de negócios da Impact, empresa de assessoria a Internet de Marília, disse que, segundo dados divulgados, esquemas de enriquecimento rápido, pornografia e outras mensagens não solicitadas respondem por 62% dos emails enviados no mundo, de acordo com a Brightmail, empresa especializada em filtragem de correio eletrônico.
A indignação dos consumidores levou o Congresso dos EUA a aprovar uma
lei que torna ilegal as piores formas de spam, no ano passado. A lei já foi invocada por quatro grandes provedores de acesso à Internet em processos contra praticantes de spam, e investigadores da FTC dizem estar preparando diversos casos, igualmente.
Mas outros aspectos da lei, por exemplo a forma de caracterizar mensagens pornográficas, precisam ser definidos pelas autoridades regulatórias antes que possam entrar em vigor.
