Título: Greve pode afetar balança comercial
 
Shintaku disse que grevistas são responsáveis pela fiscalização sanitária dos alimentos importados
 
Os fiscais federais agropecuários, responsáveis pela inspeção de todos os produtos animais e vegetais que entram e saem do país, decidiram paralisar atividades por tempo indeterminado. Segundo o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, a interrupção das atividades dos fiscais pode colocar em risco o embarque e o desembarque de produtos alimentícios, prejudicando o saldo da balança comercial. Segundo ele, é preocupante uma greve, principalmente por causa das exportações e dos serviços fitossanitários nas importações, mas está confiante de que as negociações vão avançar e tudo se resolverá rapidamente.

Yoshimi Shintaku, presidente do Sindicato Rural de Marília, disse que segundo os dados divulgados, esses profissionais também são os responsáveis pela fiscalização sanitária dos alimentos importados, que ajuda a barrar a entrada de doenças e pragas originadas em outros países. “A categoria reivindica a reestruturação da carreira, a realização urgente de concurso público para ampliar o quadro funcional dos atuais 2.670 fiscais para cerca de 4 mil e a destinação de mais recursos para a atividade de fiscalização”, comentou.
Conforme as informações divulgadas, a avaliação do comando de greve é de que a adesão dos fiscais à paralisação atingiu cerca de 90%.

TRANSGÊNICOS - O Governo do Reino Unido autorizou pela primeira vez, depois de cinco anos de consultas e testes, o plantio comercial limitado de alimentos geneticamente modificados, apesar da rejeição de parte da opinião pública e dos grupos ecologistas. A ministra britânica do Meio Ambiente, Margaret Beckett, anunciou na Câmara dos Comuns que, em princípio, se permitirá o cultivo de “milho tolerante aos herbicidas” na Inglaterra a partir da primavera de 2005.

Já outras regiões britânicas, como a Escócia e o País de Gales, não deram ainda autorização à introdução desse tipo de plantios, que causaram neste país um intenso debate. Segundo um relatório que o próprio governo britânico divulgou no dia 24 de setembro, mais da metade dos cidadãos deste país são contra o consumo de alimentos geneticamente modificados.