Título: Acim propõe discussão sobre interdição de rua
 
Sérgio Lopes Sobrinho sugere discutir melhor o assunto e ouvir os comerciantes envolvidos
 
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), Sérgio Lopes Sobrinho, considera oportuna uma melhor discussão sobre o Projeto de Lei de número 114/04 que propõe a proibição do tráfego de veículos automotores na rua São Luiz, na região central da cidade, no trecho entre as ruas Dom Pedro e Arco Verde, no mesmo horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais, aos sábados e no período noturno das vésperas das datas comemorativas em que as lojas abrirem à noite. “É preciso consultar os comerciantes envolvidos”, disse o presidente que ficou surpreso com o Projeto de Lei.

Segundo o dirigente nunca houve qualquer tipo de problema neste sentido, e a rua São Luiz, sempre que é preciso, é interditada de acordo com o trecho necessário, diante de um consenso dos comerciantes. “Interditar a rua desnecessariamente causa um problema com o trânsito de veículos na região central”, disse Sérgio Lopes Sobrinho que já participou de inúmeras reuniões, neste sentido, na Empresa de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de Marília (Emdurb), responsável pelo plano viário da cidade. “Fechar o trânsito sempre causará transtornos para todos”, reforçou a opinião de que o ideal seria ficar facultativo, pois nem sempre é necessário fechar o trânsito para dar melhor acomodação ao consumidor.

Para Sérgio Lopes Sobrinho é preciso ouvir os comerciantes envolvidos neste trecho citado na lei, para que haja uma interação entre o desejo da maioria e a necessidade de se melhorar o fluxo de pessoas e carros no centro comercial da cidade. “Até porque, fechar só a São Luiz não muda muito, levando em consideração que em todos os cruzamentos, haverá carro passando”, falou ao lembrar que mesmo com a rua São Luiz interditada, nos cruzamentos com as ruas transversais, haverá carro passando. “Se é uma lei pensando na segurança, talvez seja ineficaz”, comentou.

Na opinião do presidente da Acim é preciso observar o remodelamento do centro comercial num todo, e não de forma singular. “Ou o Poder Público promove uma ampla reformulação no centro comercial, desde fios, postes, calçadas, ruas, iluminação e fachadas de lojas, ou é preferível deixar como está”, falou ao acreditar que uma obrigatoriedade no fechamento de rua pode mais causar problemas do que soluções. “Temos que pensar grande e ver o comércio num todo, e não apenas num corredor”, disse ao lembrar dos centros comerciais da Zona Norte e Sul, que necessitam de melhorias, também.