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De acordo com a médica Infectologista, professora Dra Lucieni de Oliveira Conterno, existe uma legislação que obriga todos os hospitais a desenvolverem Programa de Controle de Infecções Hospitalares. “As Infecções hospitalares são aquelas que se desenvolvem após a internação do paciente”, explicou. Segundo a médica, infecções não significam necessariamente negligência, condições inadequadas de funcionamento ou má pratica profissional. “Apenas recebem este nome, pois estão relacionadas a procedimentos que só são realizados em pacientes internados, como cirurgias, assistência respiratória artificial, transplantes”, comentou.
A infectologista lembrou que não existe hospital que não tenha este problema. “Desta forma, é muito importante que todo hospital tenha um Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, com profissionais capacitados e que tenham como função implantar medidas que possam tornar os índices os menores possíveis”, falou. O Serviço da Santa Casa é composto por médica infectologista, uma enfermeira, duas auxiliares e uma escriturária. É realizado acompanhamento diário dos pacientes e análise dos dados na forma de gráficos e tabelas, permitindo monitoramento estreito, para que qualquer problema seja detectado e controlado.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 10% dos pacientes internados em hospitais brasileiros desenvolvem infecção. No entanto, a médica alerta que não se deve comparar as taxas entre os Hospitais, pois as infecções dependem principalmente da gravidade das doenças dos pacientes e da complexidade dos procedimentos realizados no hospital, o que varia muito entre os diversos estabelecimentos de saúde. “Um hospital que atente mais pacientes com câncer, realiza cirurgias mais complexas, certamente terá mais infecção hospitalar que outro que não assiste a estes pacientes”, completou.
Os índices de infecção da Santa Casa estão abaixo dos números de hospitais da mesma complexidade, o que comprova a eficiência das ações promovidas pelo serviço.
