Título: Santa Casa está abaixo da média nacional de infecção hospitalar
 
A infectologista da CCIH da Santa Casa de Misericórdia de Marília, Luciene Oliveira Conterno
 
A Santa Casa de Misericórdia de Marília, vem conseguindo se manter abaixo da média nacional das infecções hospitalares constatadas em diversos hospitais do País, através do controle do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), criado na instituição. Segundo a médica infectologista Luciene Oliveira Conterno, responsável pelo departamento no hospital mariliense, a Santa Casa está com a média de três a quatro por cento dos casos registrados dos internados mensalmente. “Isto é considerado espetacular”, comemora a Coordenadora do Controle de Infecção Hospitalar Municipal.

Segundo a médica, de cada 100 pacientes internados em um hospital brasileiro, oito adquirem a infecção hospital, por alguma razão. “Essa é a média nacional”, comparou. Ela mostrou relatórios e gráficos criados nos últimos anos na Santa Casa que servem de acompanhamento do processo infeccioso no hospital. “O Ministério da Saúde obriga os hospitais a terem este controle”, frisou. O hospital conta com enfermeira específica para acompanhamento destes procedimentos, para cada 200 leitos do hospital. “Nossa missão é prevenir e controlar as infecções hospitalares”, anunciou.

Após a criação da CCIH, que é formada por 10 profissionais da área médica, o número de infecções na Santa Casa caiu em 30%, segundo os gráficos dos últimos dois anos. “Não existe no Mundo um hospital que não tenha infecção hospitalar”, garante a infectologisca da CCIH. “Essas pessoas que fazem parte da comissão, são profissionais bem articulados e que desenvolvem ações imediatas no combate à infecção”, disse. A médica apontou as cirurgias, assistência ventilatória e os trabalhos com sondas como os principais meios de infecção. “Mas 80% dos microorganismos chegam através dos pacientes”, disse ao considerar o paciente vulnerável a ser infectado em razão de estar adoentado. “O paciente fica muito exposto a uma infecção”, acrescentou.

Um trabalho específico em equipamentos, quantidade de pessoas nos centros cirúrgicos, esterilização de material, treinamento de higiene pessoal nos funcionários e principalmente investimento em treinamento de procedimentos médicos, são os principais meios de combate à infecção. “Neste caso a Santa Casa é bem estruturada e por isso o índice é muito abaixo do normal”, ressaltou a médica infectologista.