Título: Ministro espera aprovação de lei de biossegurança
 
Yoshimi Shintaku disse que projeto cria Conselho Nacional de Biossegurança
 
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, alertou as principais lideranças do Senado sobre a necessidade de aprovação e regulamentação do projeto de lei de Biossegurança até o final de setembro. Durante almoço, os senadores se comprometeram a atuar em conjunto para a rápida aprovação do projeto. O ministro espera que o Senado vote o projeto de lei ainda esta semana. O projeto estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) e seus derivados.

A proposta, de autoria do Executivo, foi aprovada em fevereiro deste ano pela Câmara dos Deputados e agora precisa ser apreciada pelo Senado. Caso sofra alterações, o projeto retorna à Câmara para aprovação final e posterior sanção presidencial. No ano passado, o governo editou a Lei 10.814, que permitiu aos agricultores o plantio e a comercialização de soja transgênica da safra 2003/04. Caso o projeto de lei de Biossegurança não seja aprovado e regulamentado, os produtores de soja ficarão impedidos de cultivar e comercializar o produto geneticamente modificado nas próximas safras.

Yoshimi Shintaku, presidente do Sindicato Rural de Marília, disse que o plantio de soja começa em setembro no Mato Grosso, principal produtor nacional. “Segundo as palavras do ministro, a preocupação é transmitir aos senadores a necessidade de um projeto rápido”, disse. As informações divulgadas mostram que o ministro afirmou que não pediu alteração específica no projeto, apenas uma “flexibilização forte para pesquisa, produção e comércio”.

O presidente explicou que, conforme dados divulgados, entre outras providências, o projeto de lei nº 09 em apreciação no Senado cria o Conselho Nacional de Biossegurança (CNB), reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança. “Temos informação de que pelo projeto, o CNB será responsável por autorizar, em última e definitiva instância, com base em manifestação da CNTbio e outros órgãos de registro e fiscalização, as atividades que envolvam o uso comercial de OGM e seus derivados”, comentou.