Título: Comerciantes são contra projeto de lei sobre interdição de trânsito
 
Sérgio Lopes Sobrinho afirma que comerciantes são contra fechamento da rua São Luiz
 
O Projeto de Lei número 114/04 em discussão na próxima sessão da Câmara Municipal de Marília proibindo o tráfego de veículos automotores na Rua São Luiz, trecho compreendido entre as ruas Dom Pedro e Arco Verde, no mesmo horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais, aos sábados e no período noturno das vésperas das datas comemorativas em que as lojas abrirem á noite, não agrada os comerciantes envolvidos. Segundo pesquisa desenvolvida pela Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), 67% dos comerciantes ouvidos são contrários ao Projeto de Lei.

Para o presidente da Acim, Sérgio Lopes Sobrinho o fechamento já acontece quando é necessário. “Ao se tornar obrigatório haverá um desconforto nas ruas próximas que não terão como desafogar o trânsito, complicando ainda mais a situação”, disse, sem contar que os comerciantes alegam que o carro deve fluir para maior comodidade dos consumidores. “A sugestão da Acim é promover um calçadão híbrido, em que os carros passem, mas não estacionem”, lembrou ao ter em mãos as justificativas sobre os votos que os comerciantes deram no dia quatro de junho deste ano, quando a Acim enviou a cada um deles um documento pedindo a opinião sobre o assunto.

O resultado da pesquisa desenvolvida pela Acim foi enviado ao presidente da Câmara Municipal, Valter Cavina, e protocolado na secretaria no dia 14 de junho ao Secretário Geral da Câmara Municipal, Toshitomo Igahira, através de ofício de número 256/2004 por parte da Acim. “Penso que antes de propor qualquer tipo de sugestão no comércio de Marília, os vereadores deveriam escutar os interessados e a entidade que representa o comércio”, opinou ao generalizar e lembrar de que não é a primeira vez que os vereadores sugerem algo sem ouvir os comerciantes e depois são criticados pelo oportunismo. “Atendemos prontamente o ofício do presidente da Câmara”, ressaltou Sérgio Lopes Sobrinho ao ser oficializado pelo vereador Valter Cavina, através do ofício de nº 6480, que solicita opinião da Acim. “Respondemos que a Acim é contra o Projeto de Lei”, disse.

Segundo o presidente da entidade comercial o ideal seria o alargamento das calçadas em 1,5 metros de cada lado, retirando os estacionamentos, mas permitindo o tráfego dos veículos que teriam bolsões de carga e descarga. “Interromper o trânsito não resolve”, afirmou. “É preciso resolver o problema e não complicar”, disse o presidente da Acim ao defender a instalação do calçadão híbrido, a despoluição visual e a utilização dos fios elétricos e de telefonia de forma subterrânea. “Essas ações mostrariam evolução e desenvolvimento”, finalizou.