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Com relação a participação da carne nos números da balança agrícola, Shintaku disse que segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações brasileiras de carne suína de novembro de 2000 até outubro de 2001 totalizam um volume de 227.300 toneladas. Comparando-se o igual período dos anos anteriores, esse valor representa crescimento de 113,2%. Com relação às receitas, o aumento foi de 117,6%.
Yoshimi Shintaku explicou que a Associação Brasileira dos Exportadores de Frangos (Abief) e da Secex divulgou que as exportações brasileiras de frangos em novembro de 2001 alcançaram um volume de 108.700 toneladas. Isso representa um crescimento de 25,4% sobre o mesmo mês do ano anterior. “Já no mercado de carne bovina, de janeiro a setembro de 2001 o Brasil exportou US$ 725 milhões, valor 19,4% acima do verificado em igual período de 2000”, completou.
VACA LOUCA – O presidente do Sindicato Rural lembrou que a crise da vaca louca e, posteriormente, a febre aftosa, favoreceram mudanças importantes nos hábitos de consumo europeu e impulsionaram as exportações brasileiras. “As vendas de cortes de frango para a União Européia, por exemplo, cresceram 125% em termos de volume, comparando-se o primeiro semestre de 2001 com o mesmo período de 2000”, falou.
A vaca louca também favoreceu as exportações de farelo de soja para substituir ração de origem animal. O produto brasileiro tem grande aceitação na Europa por não usar sementes transgênicas. Além da demanda externa aquecida, a desvalorização do real frente ao dólar deu maior competitividade ao produto brasileiro. Dessa forma, o segmento de carnes, de frango, bovina e suína, juntamente com o complexo da soja, tiveram resultados muito positivos nas exportações em 2001.
