Título: Raiva bovina gera prejuízo e morte de bovinos
 
Shintaku disse que animais infectados pela raiva morrem de três a cinco dias do início dos sintomas
 
A Raiva Bovina foi tema central de fórum de discussão sobre a realidade e desafios nas zoonoses, que aconteceu na Unesp de Botucatu. No evento, foram discutidos: controle da raiva entre morcegos, animais domésticos e herbívoros, além da atual situação e dificuldades de implantação de projetos para combater a doença.
O tema deve ser de conhecimento de agentes da saúde e também de pecuaristas, já que a raiva ataca o gado nacional e é responsável por um prejuízo direto de aproximadamente 15 milhões de dólares/ano. Além de provocar a morte de cerca de 40 mil cabeças, segundo dados do Instituto Pasteur de São Paulo.

Yoshimi Shintaku, presidente do Sindicato Rural de Marília, disse que, segundo informações divulgadas, a simples agressão por morcegos hematófagos, transmissores da raiva, deprecia o couro, contribui com a perda de produtividade e possibilita infecções colaterais. “Os morcegos que se alimentam de sangue da espécie Desmodus rotundus, são os principais transmissores da raiva bovina”, comentou.

Através da mordida o vírus é inoculado na corrente sanguínea e alcança o sistema nervoso central, fazendo com que o animal perca coordenação motora e os membros posteriores ficam paralisados. Outros sintomas da raiva são isolamento do animal e tristeza e hiperexcitabilidade. “Mais tarde, aparecem sintomas que sugerem engasgo, hipersalivação e tremores musculares”, falou.

O presidente ressaltou que os sintomas podem ser confundidos com sintomas de doenças e, por este motivo, o exame laboratorial é necessário. “A informação que recebemos é de que a morte do animal ocorre de três a cinco dias do início dos sintomas”, explicou. No combate à raiva bovina, três medidas devem ser adotadas sistematicamente: a vacinação, controle populacional do morcego hematófago e o atendimento de foco. Os principais tipos de vacina utilizados atualmente no Brasil são a viva atenuada e a inativada.