Título: Vacinação deve atingir 100% do rebanho paulista
 
Yoshimi Shintaku disse que pecuaristas que não vacinaram rebanho contra aftosa podem ser multados
 
A segunda etapa da vacinação contra febre aftosa do Estado de São Paulo foi encerrada em 30 de novembro do ano passado. A meta foi a imunização de 100% do rebanho para garantir o status de zona livre da doença pela Organização Internacional de Epizootias (OIE). Desde 1995 não são registrados focos de aftosa em áreas paulistas. Desde então, são nove anos da integração de campanhas governamentais por meio dos Escritórios de Defesa Agropecuária (EDA).

As campanhas contam com colaboração consciente dos produtores de carne e o reconhecimento dos mercados externo e interno pela seguridade alimentar do produto do Estado. A febre aftosa ocupa dois meses no calendário dos criadores e veterinários. Em maio, a primeira etapa atingiu o número recorde em São Paulo, com a vacinação de 99,44% do rebanho. Os números da etapa de novembro não foram divulgados, mas a venda de vacinas indica que a venda atingiu os mesmos patamares da primeira etapa.

O presidente do Sindicato Rural de Marília, Yoshimi Shintaku, disse que os pecuaristas que perderam o prazo da campanha receberão uma multa de cinco Ufespes (Unidades Fiscais do Estado de São Paulo) por cabeça, o que equivale ao montante de R$ 62,45. “Após a vacinação, o produtor tem o prazo de uma semana para comunicar o ato ao EDA e aqueles que vacinarem e não cumprirem o prazo também serão penalizados com multa de três Ufespes, ou R$ 34,47 por cabeça”, falou.

Yoshimi Shintaku explicou que a multa não livrará o pecuarista da obrigação de imunizar. “Caso a fiscalização detecte que existem animais sem vacina, o produtor é obrigado a aplicar na presença de um técnico do Governo Estadual”, comentou.

A febre aftosa é causada por sete tipos diferentes de vírus altamente contagiosos e pode dizimar criações inteiras de bovinos, suínos, ovinos e caprinos. Um dos menores vírus encontrados na natureza, o aftovírus, permanece ativo na medula óssea do animal, mesmo depois de morte. Raramente atinge o homem, que tem defesas contra o vírus. A doença causa febre alta, muita salivação e vesículas nos lábios, gengiva, língua, mamas e patas, sintomas que podem durar dez dias. A doença impossibilita os animais de pastar, causando perda de peso e diminuição da produção de leite.