Título: Arroba do boi gordo não acompanha economia
 
Yoshimi Shintaku disse que gado rastreado é vendido a R$ 61 a arroba e sem rastrear a R$ 59
 
A economia dá sinais de recuperação, com mercado interno mais comprador e números que consolidam o Brasil como maior fornecedor de carne mundial. No entanto, o mercado de carne não responde e “nada contra a corrente”, com a indústria frigorífica que ainda mantém a pressão dos preços e não altera o preço da arroba.

O presidente do Sindicato Rural de Marília, Yoshimi Shintaku, disse que, segundo informações divulgadas, o levantamento de preços dos frigoríficos do interior paulista parece combinado entre as empresas, sendo que o gado rastreado fecha em R$ 61, para descontar o Funrural e prazo de 30 dias e a arroba sem rastrear é comercializada a R$ 59, nas mesmas condições.

Yoshimi Shintaku explicou que a tendência, de acordo com analistas de mercado consultados por veículos de comunicação do setor rural, era que dezembro fosse mais aquecido. “Isso, segundo informação que recebemos pela maior busca do varejo numa época de festividades, mas alguns fatores contribuíram para empurrar a arroba do gado para baixo o preço ficou estagnado”, comentou.

Conforme publicação da área, a queda do dólar, moeda que baliza o lucro das empresas exportadoras e a crise enfrentada pelo Grupo Margen colaboraram para o cenário de preços baixos. Segundo analistas, a situação da Margen influenciou o preço de algumas praças onde a planta do frigorífico absorvia toda a demanda oferecida para a exportação, como no Paraná.

SISBOV – O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, anunciou que a adesão dos pecuaristas ao Sistema Brasileiro de Identificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov) passa a ser voluntária e não mais obrigatória. De acordo com o Ministro, a decisão foi partilhada entre governo e iniciativa privada.

A rastreabilidade ou a inscrição no Sisbov continua sendo obrigatória aos criadores que venderem a frigoríficos que exportam para a União Européia, mercado que faz questão da certificação. Em substituição ao rastreamento individual, o Governo discute um modelo que certifique a propriedade, levando em consideração todo o processo de criação.