Título: Rotarianos conhecem mapa de exclusão e inclusão social
 
Edemir de Carvalho apresentou trabalho desenvolvido em 2003 sobre a comunidade mariliense
 
Integrantes do Rotary Club Marília Pioneiro estiveram participando de um encontro em que o sociólogo, professor e doutor, Edemir de Carvalho, apresentou parte de um trabalho de estudo realizado em 2003, referente ao Mapa de Exclusão/Inclusão Social e qualidade de vida, da cidade de Marília, em que é possível avaliar uma série de questões sociais. “O encontro foi interessante em que pudemos verificar um outro lado da população mariliense”, disse a presidente do clube rotário, Vera Lúcia Marques da Costa, ao considerar oportuno o conhecimento das questões apresentadas para alguns rotarianos. “Com o mapa fica mais fácil identificar onde estão as comunidades mais carentes”, disse.

Segundo a pesquisa desenvolvida pelo sociólogo, com os dados levantados é possível organizar uma série de medidas urbanas, já que a questão da exclusão social está definida a uma série de critérios. “Não é pobreza ou miserabilidade que definem a exclusão social”, afirmou o pesquisador que é favorável a divulgação do trabalho realizado como forma de se fazer algo em prol de comunidades que vivem com muita dificuldade. “Este mapa teve pouca discussão na sociedade”, admitiu ao citar uma série de motivos, inclusive a falta de tempo para grandes debates.

Para se desenvolver o Mapa, o sociólogo elaborou uma fórmula para o cálculo dos índices de exclusão/inclusão social. “A variação do índice vai de zero até um, distribuída em cinco faixas definidoras de exclusão ou inclusão social”, explicou Edemir de Carvalho ao mapear a cidade em 13 setores, utilizando questões como: autonomia (ganho salarial), habitabilidade, qualidade de vida e vulnerabilidade (segurança). “São as dimensões utilizadas como parâmetros”, explicou aos rotarianos do RC Marília Pioneiro, primeiro clube de serviço da cidade a ter acesso ao estudo.

As regiões sudeste, sudoeste e leste, na média dos índices estipulados são consideradas de melhor desempenho, enquanto que as regiões norte, noroeste e centro-este, são as com os menores índices, portanto, as regiões mais carentes da cidade de Marília. “Desta maneira será possível pontuar ações específicas para determinadas regiões do município”, comentou Luís Eduardo Diaz, presidente da Comissão de Serviços à Comunidade, do RC Marília Pioneiro. “O mapa será um excelente referencial para possíveis ações na sociedade local”, opinou o rotariano ao se surpreender com as 13 favelas existentes na cidade localizadas pelo mapa de forma específica.