Título: Acim sugere os inconfidentes tributários
 
Sérgio Lopes Sobrinho sugere a criação dos inconfidentes da carga tributária
 
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília, (Acim), Sérgio Lopes Sobrinho, está encaminhando aos associados da entidade, bem como entidades relacionadas à Receita Federal, um alerta quanto ao aumento da carga tributária, no último mês de março, que cresceu 6,5%, segundo dados da própria Receita Federal. “O governo federal arrecadou R$ 27,989 bilhões em março”, lembrou o dirigente mariliense. “6,43% a mais do que os R$ 26,298 bilhões recolhidos em março do ano passado”, alertou ao enfatizar que os dados foram corrigidos pela inflação. “Está chegando a um ponto insustentável”, opinou.

No acumulado do ano, a arrecadação federal soma R$ 85,638 bilhões, 5,14% por cento acima dos R$ 81,454 bilhões recolhidos no mesmo período de 2004. Ao comentar os dados, o presidente da Acim afirmou que o fato de a arrecadação ter batido mais um recorde causa um desconforto muito grande para a classe empreendedora que se assusta com a elevação da arrecadação e da carga tributária. Este mês, o Ministério da Fazenda sofreu uma dura derrota no Congresso, onde foi rejeitada proposta de elevar a tributação a prestadores de serviço. “O empresariado está percebendo que a força está na mobilização”, afirmou Sérgio Lopes Sobrinho que sugere uma ação mais contundente, em comemoração ao 21 de abril. “Que sejamos os inconfidentes da carga tributária”, falou de forma enfática.

Em março do ano passado, a arrecadação somou R$ 26,298 bilhões em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. No primeiro trimestre de 2004, as receitas foram de R$ 81,454 bilhões. “Aumentar receita, sobrecarregando os impostos, não é uma tarefa difícil”, disse. “Talvez se houvesse elevação na arrecadação por causa da elevação da produção e diminuição da informalidade, seria algo para festejar”, comentou ao promover uma discussão mais específica sobre o assunto em diversas esferas produtivas do País. “Somente fazendo coro a uma só reivindicação é que seremos ouvidos”, falou. “Se cada um gritar de qualquer forma, não seremos ouvidos”, frisou o dirigente que espera conversar sobre o assunto com o presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Guilherme Afif Domingo, que já promoveu mobilização semelhante e foi vitorioso. “Não podemos parar e a Facesp pode erguer essa bandeira”, falou o dirigente mariliense que é vice-presidente da Facesp.