Título: Hospital completa 76 anos de atividade em Marília
 
Júlio César Brandão destaca a importância do hospital, mas alerta para déficit mensal
 
A Santa Casa de Misericórdia de Marília completa nesta sexta-feira, dia 22 de abril, 76 anos de atividade no município. É o mesmo ano de fundação da cidade e que teve como o primeiro provedor, o próprio fundador de Marília, Bento de Abreu Sampaio Vidal. “Trata-se de uma instituição filantrópica que se mantém da mesma forma desde o princípio”, disse o provedor atual, o advogado Júlio César Brandão. “Foi em 1956, na gestão de Cristiano Altenfelder e Silva, quando foi construído o Pavilhão Infantil “Dona Antonieta Altenfelder”, em virtude de uma demanda emergente de atendimento às crianças”, lembrou o dirigente ao acrescentar que nesta época a Santa Casa dispunha de apenas 18 leitos.

Atualmente a Santa Casa de Misericórdia de Marília está instalada numa área de 22 mil metros quadrados, possuindo 16.253 metros quadrados de área construída, contando com aproximadamente 300 médicos no corpo clínico e 808 funcionários, dos quais 165 são agentes comunitários de saúde, dentro do Programa Saúde da Família. São realizadas, em média, 870 internações por mês, além de 7.100 atendimentos ambulatoriais mensalmente. Da totalidade desse atendimento, 70% são destinados a pacientes do Sistema Único de Saúde (Sus).

Dos atuais 214 leitos, cinco são da Terapia Intensiva Pediátrica, que é a única referência na região para atendimento Sus. Dispõe também, enquanto referência regional, de sete leitos para tratamento especializado de queimados e de 13 leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto, sendo que apresenta uma taxa de ocupação de aproximadamente 100% e onde ocorrem 10% das internações do hospital. Atualmente está em funcionamento ambulatórios de diversas especialidades, tais como: oncologia clínica e cirúrgica, adulto e infantil, nefrologia, queimados, ortopedia, cirurgia pediátrica, cardiologia, urologia e cirurgia bucomaxilofacil. “A unidade de urgência atende adultos e crianças 24 horas”, acrescentou Júlio César Brandão.

Investimentos necessários estão sendo promovidos com recursos próprios, doações e principalmente com intervenção do Governo do Estado de São Paulo. De 2002 até agora foram: R$ 120 mil para a UTI Infantil; R$ 8 mil para a Ala “G” (Cardiológica); R$ 15,5 mil para a Ala “D” (Clínicas Médicas e Cirurgia de Adultos); R$ 40,5 mil para a Ala “B” (Oncologia); R$ 132 mil para a Reforma Pediatria; R$ 36 mil para o Ambulatório de Especialidades; R$ 4,5 mil para o Refeitório dos funcionários; R$ 780 mil para a UTI Cardiológica; R$ 15 mil para a Reforma da Quimioterapia e Oncologia Pediátrica e R$ 240 mil para o Novo Pronto Socorro Unificado. “Existe um déficit mensal aproximado de R$ 180 mil em que precisa de um plano de ação rápido”, comentou o provedor que, mesmo promovendo investimentos, está preocupadíssimo com as necessidades diárias da instituição.