Título: Vacinação deve atingir 123,8 mihões de cabeças
 
Yoshimi Shintaku disse que adesão a novo sistema de rastreabilidade será obrigatória para exportação
 
Os pecuaristas de 15 estados, além do Distrito Federal, devem vacinar 123,8 milhões de cabeças de gado contra a febre aftosa neste mês. A medida deve garantir ao país a posição de maior exportador mundial de carne bovina conquistada há dois anos. O Brasil tem o maior rebanho bovino comercial do mundo, com 195 milhões de animais. No ano passado, o Brasil exportou 1,156 milhão de toneladas de carne bovina, equivalentes a US$ 3,457 bilhões.

A campanha se realiza em maio e novembro e conta também com o apoio dos governos estaduais, que a executam, e a iniciativa privada por meio da Confederação Nacional da Agricultura. A campanha começa simultaneamente nos estados do Acre, Amapá, Rondônia, Amazonas, Pará, Maranhão, Sergipe, Piauí, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo e Paraná, além do Distrito Federal, e termina no dia 31 de maio.

RASTREABILIDADE BOVINA – O presidente do Sindicato Rural de Marília, Yoshimi Shintaku, disse que o Ministério da Agricultura está discutindo com o setor privado novo modelo de rastreabilidade que poderá substituir o atual Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov). De acordo com informações divulgadas, o objetivo é assegurar maior transparência e segurança ao processo. “O sistema atual (Sisbov), apesar dos ajustes que vem sofrendo, ainda gera insegurança em relação às exigências do mercado externo, principalmente o europeu”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Márcio Portocarrero.

De acordo com informações da assessoria de imprensa do ministério, o banco nacional de dados do Sisbov conta atualmente com cerca de 45 milhões de animais inseridos e cerca de 108 mil propriedades cadastradas. “O modelo atual não nos permite fazer uma auditoria de todo o processo devido às dimensões do rebanho” acrescentou o secretário. A proposta foi apresentada aos representantes da cadeia produtiva de carnes. Uma sugestão é para adesão voluntária quando a carne for destinada ao mercado interno.

Yoshimi Shintaku ressaltou que informações mostram que a adesão ao novo sistema será obrigatória para exportação, mas de acordo com as exigências do mercado importador e não mais a partir de uma regra única.