Título: Congresso de Provedores debate futuro das Santas Casas
 
Julio Brandão e o governador Geraldo Alckmin durante Congresso de Provedores
 
Com o tema central “Como será o amanhã?”, foi realizado 14º Congresso de Provedores, Diretores e Administradores Hospitalares de Santas Casas e Entidades Filantrópicas do Estado de São Paulo, em Mogi das Cruzes. Júlio César Brandão, provedor da Santa Casa de Misericórdia de Marília participou do evento com superintendente José de Freitas Guimarães Neto e a diretora administrativa Kátia Ferraz Santana, representantes do hospital. O encontro é organizado pela Fesehf (Federação das Santas Casas de Misericórdias, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Estado de São Paulo).

O provedor da Santa Casa acredita que só sobreviverão as Santas Casas que tiverem um conceito de ser “empresa filantrópica” e apostar cada vez mais em gestão eficiente, competente, transparente e ética. “As Santas Casas, pela sua natureza, só sobreviverão se efetivarem parceria com comunidade em que vivem mediante voluntariado profissional”, comentou. Júlio Brandão lembrou que no Estado de São Paulo é preciso fazer parceria entre governo estadual e municipal. “Em nosso estado as Santas Casas são responsáveis por 57% das internações do Sus (Sistema Único de Saúde)”, falou.

De acordo com o provedor, a Santa Casa tem parceria importante com o Estado. “A direção está propondo parceria com governo municipal e está buscando implantar um voluntariado profissional, permanente, comprometido e ético”, disse. Brandão explicou que a diretoria está pensando em criar uma ONG (Organização Não-Governamental) para buscar de forma mais eficaz parcerias externas. “Estamos com uma grave dificuldade financeira e lutamos para sobreviver”, completou. Ele ressaltou que a Santa Casa é uma instituição viável, organizada, transparente e ética.

Júlio Brandão disse que as pessoas precisam confiar mais e externar essa confiança. Segundo ele, a sociedade precisa se comprometer com a Santa Casa. “Não pode haver medo, somos uma entidade organizada, eficaz, mas no momento falta oxigênio”, comentou. “Temos feito a nossa lição de casa. É preciso que a sociedade faça sua parte. A Santa Casa é uma instituição transparente e limpa”, explicou. o provedor acredita em Marília e na resposta da comunidade.

Além das discussões, o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde confirmou repasse de R$ 175.159,00 para Santa Casa. A verba deve ser liberada em julho.