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O presidente do Sindicato Rural de Marília e dirigente do Nikkey Clube de Marília, Yoshimi Shintaku, lembrou a importância do dia 18 de junho para a colonização da cidade, em razão do grande número de imigrantes japoneses que chegaram na região e influenciaram a cultura, agricultura, comércio e desenvolvimento regional. “É preciso não deixar que esta data seja esquecida”, falou ao lembrar do dia 18 de junho de 1908 como um marco para a história brasileira em razão da chegada dos primeiros japoneses ao Brasil. Em Marília não foi diferente na década de 20. Centenas de japoneses se fixaram na agricultura local e viviam com dificuldades de adaptação. “Naquela época não existia alimento suficiente para os japoneses”, lembrou Yoshimi Shintaku ao recordar as histórias dos pais, que vieram para o Brasil com os filhos na esperança de uma vida melhor. “Os japoneses sofreram com a nova cultura”, recordou ao ter duas irmãs que nasceram no Japão e que viram para o Brasil nos braços da mãe. “Muitas mulheres não conseguiam amamentar, por falta de alimento”, disse ao considerar a troca da cultura japonesa pela brasileira como o maior complicador da resistência dos imigrantes. Doença como a malária foi outro fato marcado na lembrança deste brasileiro nascido em Júlio Mesquita. “Muita gente morria sem que os familiares soubessem os motivos”, disse ao citar como era difícil a vida dos primeiros japoneses que aqui chegaram. “Ainda temos em Marília muitos japoneses que viveram essa situação difícil, ao saírem do Japão e virem para o Brasil”, ressaltou ao acreditar num número superior a 100 pessoas consideradas na terceira idade que recordam bem de fatos vividos na família naquela época. “Mas deste grupo nem todos são imigrantes”, avisou. Por assistir a dificuldade de fixação dos imigrantes japoneses na região de Marília, atualmente Yoshimi Shintaku desenvolve uma série de trabalhos de assistência aos descendentes e até de japoneses que vivem na cidade e na região. “Ainda hoje esse pessoal tem dificuldade de adaptação”, acredita ao lembrar da própria família e das irmãs que vieram do Japão. “É preciso não perder referência na história e mostrar para os mais jovens a luta que foi para que uma raça se mantivesse fora de suas origens, com os mesmos princípios de vida”, lembrou ao dar destaque para o dia 18 de junho, dia nacional que se comemora a imigração japonesa no Brasil. “Em Marília os primeiros imigrantes chegaram em 1926”, destacou. |
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