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De acordo com o presidente da CNA, os grãos estão menores e mais secos nesta safra. Em média, 480 litros de café seco equivalem a uma saca de 60 quilos. “O rendimento está mais baixo; os produtores precisam de 500 litros para obter uma saca”, falou.
Especialistas em café destacam que quando a Conab divulgou o levantamento passado, os traders consideraram pequena a estimativa de 32,5 milhões de sacas. Segundo as informações divulgadas, as cooperativas esperam que a nova estimativa de safra seja semelhante à passada ou um pouco menor.
A Conab deve divulgar quebra apenas na safra de café arábica. A expectativa é de que deve haver queda de 8% nas 20,5 milhões de sacas de café arábica estimadas, enquanto as 12 milhões de sacas de conillon serão mantidos. A consultoria Safras & Mercado calcula que serão produzidas 34,7 milhões de sacas de café na temporada 2005/2006, ante as 41,1 milhões de sacas da safra passada.
Yoshimi Shintaku, presidente do Sindicato Rural de Marília, disse que os dados divulgados mostram que os produtores do Paraná têm se queixado de que a produção desta safra é inferior à esperada. “Foram estimadas 1,1 milhão de sacas para o estado, enquanto a projeção anterior da Conab era de 1,56 milhões de sacas”, disse.
O presidente explicou que se a estimativa de safra for reduzida pela Conab, os preços futuros dos contratos de café negociados na Bolsa de Nova York deverão abrir em alta. “A avaliação é do diretor geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Guilherme Braga que acredita que a primeira reação pode ser de nervosismo, mas a tendência é que o mercado se acomode”, completou.
