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Novas tecnologias podem agravar, em lugar de resolver, o problema da falsificação de identidade e de fraudes eletrônicas, alertou uma criminologista britânica. Os cartões de identidade e tecnologia que usa chips e senhas em cartões de créditos forçarão fraudadores a serem mais criativos e provavelmente não atenuarão o problema. A doutora Emily Finch, da universidade de East Anglia, na Inglaterra, disse que a dependência da tecnologia está reduzindo a vigilância pessoal, que especialistas acreditam ser uma das melhores maneiras de impedir fraudes e roubo de identidade. “Existe uma preocupante suposição de que avanços na tecnologia fornecerão a solução para o roubo de identidade, quando é possível que eles agravem o problema”, disse ela em uma conferência científica da British Association. “Os fraudadores adaptarão seu comportamento às circunstâncias”, comentou. Finch, que entrevistou criminosos sobre os motivos e métodos para que cometam crimes e sobre o impacto que novas tecnologias provavelmente teriam sobre eles, concluiu que os fraudadores são persistentes e que mudarão seus métodos para escaparem às novas medidas de segurança. “Estudar a maneira pela qual as pessoas revelam informações sensíveis seria muito mais valioso para impedir a fraude de identidade do que a evolução de medidas tecnologicamente avançadas, mas em última análise sujeitas a falhas”, acrescentou. Dados do Identity Theft Survey Report, relatório sobre falsificação divulgado dois anos atrás pelo governo norte-americano, demonstram que 4,6% de 4 mil pessoas, selecionadas aleatoriamente, foram vítimas de alguma forma de roubo de identidade nos 12 meses anteriores. Finch disse que fraudes nem sempre acontecem por motivos financeiros. Às vezes, as pessoas querem começar de novo com uma nova identidade. Os cartões de identificação podem agravar o comportamento fraudulento, alertou ela. Em junho, o governo britânico apresentou um projeto de lei propondo uma carteira nacional de identidade, dizendo que isso ajudaria a combater o terrorismo, o crime e a imigração ilegal. Mas os críticos dizem que o esquema é caro, desnecessário e intrusivo. “O que fraudadores conhecem é a natureza humana”, disse Finch. “E eles se adaptam a coisas como a Internet, que fornece uma base absolutamente fantástica de acesso a informações pessoais”, completou. |
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