Título: Santa Casa apóia reajuste da tabela Sus
 
Júlio César Brandão destaca a importância do reajuste na tabela de procedimentos do Sus
 
O provedor da Santa Casa de Misericórdia de Marília, o advogado Júlio César Brandão, apóia a manifestação de representantes de hospitais filantrópicos de todo o país, que aguardam para ainda para essa semana o agendamento de audiências com os ministros da Saúde (Saraiva Felipe), Fazenda (Antônio Palocci) e Planejamento (Paulo Bernardo). A intenção deste grupo de dirigentes hospitalares é demonstrar a situação caótica que vivem essas instituições por causa do baixo recurso repassado pelo governo federal. “É preciso que algo seja feito por parte das autoridades governamentais, pois do contrários hospitais irão fechar em várias cidades”, disse o provedor mariliense.

A comitiva será recepcionada pela bancada da saúde no Congresso e tentará também audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Há duas semanas, médicos e funcionários de hospitais filantrópicos de todo o país demonstraram insatisfação com o repasse de verba do governo federal, considerado insuficiente. A intenção é forçar o Ministério da Saúde a reajustar a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, o SUS repassa aos hospitais filantrópicos praticamente metade do valor de procedimentos como consultas e exames médicos em alguns casos, o repasse chega a ser praticamente nulo.

Os dirigentes de hospitais filantrópicos cobram do ministério o repasse de R$ 200 milhões. O valor fazia parte do repasse de R$ 400 milhões aprovado em portaria do ano passado pelo ex-ministro Humberto Costa. Entretanto, ao assumir o cargo, o atual ministro reduziu o montante à metade. “A saúde sempre foi levada de forma instável por parte dos Governantes, proporcionando esse desequilíbrio administrativo nas instituições”, falou ao apontar os escândalos políticos e administrativos por parte do Governo Federal como um desestímulo a qualquer administrador de entidade pública. “Enquanto centenas de pessoas necessitam de recursos para cuidados médicos, os escândalos de desvios financeiros e desmandos, prejudicam a sociedade num todo”, lamentou Júlio César Brandão.

O déficit da Santa Casa de Misericórdia de Marília com o Sistema Único de Saúde supera a marca de R$ 150 mil mensalmente. Isto, segundo o provedor do hospital local, faz com que a manutenção dos serviços prestados necessite de um respaldo do Poder Público Municipal e Estadual de maior intensidade. “Com criatividade, parcerias e principalmente com envolvimento da comunidade e da classe médica, a Santa Casa de Marília vem se mantendo com dificuldade”, comentou Júlio César Brandão, sem ter previsão de até quando isso será possível. “Por isso a importância deste reajuste na tabela dos serviços oferecidos pelo Sus”, disse ao acreditar em uma sensibilidade por parte das autoridades neste movimento criado.