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Yoshimi Shintaku, avicultor e presidente do Sindicato disse que no mercado interno, a oferta e demanda por carne de frango seguiram equilibradas, possibilitando que os preços recebidos pelos produtores fossem superiores ao custo de produção durante grande parte de 2001.
Os dados recebidos pelo Sindicato apontam que o preço médio pago aos
avicultores paulistas foi 6,6% superior ao praticado no ano anterior, sendo importante ressaltar que no primeiro semestre de 2000 a avicultura de corte viveu uma das piores crises, o que torna esse aumento de preços pouco expressivo. “É válido comentar que o alojamento de matrizes de corte em 2001 alcançou cerca de 29 milhões de cabeças, um número próximo ao de 1999 e principal responsável pela crise de baixos preços em 2000”, explicou.
Obviamente, segundo Shintaku, as condições de mercado neste ano são mais promissoras do que há dois anos, com baixo crescimento da oferta interna e perspectivas de crescimento das exportações, porém, o volume alojado de matrizes ainda inspira cautela e atenção. O presidente disse que a oferta interna de carne de frango foi apenas 1,3% superior a do ano anterior, embora a produção brasileira tenha crescido cerca de 6% no período. “O excelente desempenho das exportações, que elevaram-se mais de 32% em 2001, evitou a formação de excedentes no mercado interno e, consequentemente, o achatamento dos preços pagos aos produtores”, completou.
Sem dúvida, a melhor surpresa do ano para o setor foi o recorde no volume exportado de carne de frango, favorecido principalmente pelo mal da “vaca louca” e problemas com febre aftosa na Europa. Com isso, a meta de 1,2 milhão de toneladas, prevista pelos exportadores para este ano, foi atingida já em 2001. A carne de frango ocupou a segunda posição na pauta de exportações de produtos agropecuários, gerando uma receita de, aproximadamente, US$ 1,3 bilhão.
