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O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Maurício Miarelli, disse que a safra 2006/07, cuja colheita ocorre a partir de abril de 2006, deve ser boa, “maior do que a atual, de 33,3 milhões de sacas, mas inferior ao recorde da safra de 2002, que foi de cerca de 48 milhões de sacas”. Segundo ele, a produção não deve superar o recorde de 2002, entre outros motivos, por causa do clima, que não é tão favorável como naquela época. Ele explicou ainda que os preços do produto só começaram a melhorar significativamente a partir do fim do ano passado, impedindo investimentos na lavouras. Quanto à perspectiva de preço ao produtor em 2006, o presidente do CNC prevê “melhoria, ou pelo menos manutenção do níveis atuais”. “Esperamos que a situação de equilíbrio entre oferta e demanda se reflita nos preços”, acrescentou. Miarelli explicou que o setor está preocupado com o câmbio. “A rentabilidade que poderia vir com a alta dos preços do café foi tirada pelo câmbio. O produtor investiu na compra de insumos com real desvalorizado em relação ao dólar e na hora de comercializar vendeu com o dólar em baixa”. Ressaltou ainda que o custo de produção da saca de café está muito próximo do valor de mercado: cerca de R$ 250/saca. O diretor geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Guilherme Braga, informou que o câmbio tem sido a pedra no sapato do setor. Ele explicou que o produtor tende a perder renda, por causa de custos dolarizados. “Com menos renda, a oferta tende contrair e o fluxo de comercialização torna-se mais difícil”, disse. Yoshimi Shintaku, presidente do Sindicato Rural de Marília, explicou que as informações divulgadas mostram que o câmbio só não fez maiores estragos porque o fortalecimento do real em relação ao dólar coincidiu com a valorização dos preços internacionais do café, entre o fim do ano passado e até o primeiro semestre deste ano. O presidente disse que os dados divulgados apontam que o dólar médio em 2004 foi de cerca de R$ 2,92, mas encerrou o ano entre R$ 2,60 e R$ 2,70. Entre maio e junho de 2005, a moeda norte-americana já tinha despencado para R$ 2,40. A partir de então, começou a cair mais lentamente, até chegar aos atuais R$ 2,20. |
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