|
||||
Esse tipo de análise representa uma visão estreita da relação custo/benefício dos recursos tecnológicos, pois avalia apenas o custo de aquisição, não contemplando o custo total de propriedade, que compreende todo o ciclo de vida da tecnologia. Além disso, também não considera o valor da tecnologia para os resultados do negócio.
Uma análise adequada do valor da tecnologia para a empresa exige uma clara compreensão do conceito de custo de propriedade e de seu valor agregado para o negócio. Em primeiro lugar, é bom lembrar que o custo de aquisição é uma mera fração do custo total. O custo de aquisição representa basicamente o valor investido pela companhia para a compra de determinado recurso tecnológico.
Custos operacionais têm um valor mais significativo, pois representam tempo e recursos alocados para manter e administrar a tecnologia. Eles também envolvem dinheiro, mas têm impacto em toda a vida útil da tecnologia, pois estão relacionados a pessoas, tempo e risco. Por isso, uma decisão baseada exclusivamente no custo de aquisição pode não refletir o devido valor da tecnologia para o negócio.
Questão de sobrevivência - Mas não são apenas questões de custo que devem ser contempladas nesse processo decisório. O valor da tecnologia para o negócio e a melhoria da qualidade do serviço para usuários e clientes também são aspectos fundamentais. Fatores como escalabilidade, performance, segurança e disponibilidade também devem ser fortemente considerados em qualquer processo decisório.
A decisão de realizar ou não investimentos em infra-estrutura deve ser parte da estratégia fundamental da empresa, pois a tecnologia é a base da capacidade da companhia para se manter ou não competitiva em um mercado altamente dinâmico e mutante.
Elemento crítico - Imagine uma interrupção no funcionamento do sistema de e-business de uma empresa como a Amazon.com por algumas horas. Isso pode representar centenas de milhares de dólares de prejuízo. E o delivery de um supermercado “fora do ar”. Quanto a empresa deixaria de vender?
Um ERP “fora do ar” por umas poucas horas pode significar uma completa interrupção de toda uma linha de produção. Um sistema de correio eletrônico indisponível pode levar a nocaute a comunicação empresarial. O processamento colaborativo e o e-mail rapidamente estão tornando-se ferramentas estratégicas para as organizações. Já fazem parte do próprio negócio, substituindo os telefones. E, assim como os telefones, têm que ficar disponíveis por 24 horas!
O crescimento dos sistemas de auto-serviço, como comércio eletrônico, voice response units e Internet Banking, aumenta a necessidade dos sistemas estarem permanentemente em operação, sem interrupções.
Um complicador adicional que faz parte do ambiente de comércio eletrônico é a imprevisibilidade de demanda, que exige que os sistemas tenham condições de adaptação instantânea a flutuações significativas.
E o que acontece quando a aplicação não está disponível para os usuários? Um site de comércio eletrônico fora do ar representa a perda de muito dinheiro, pois as vendas que deixaram de ser feitas dificilmente serão realizadas outra vez. Há uma imensa probabilidade do internauta acessar outro site concorrente e fazer sua transação lá.
Recentemente tivemos o exemplo do conhecido site de leilões virtuais eBay, que, em julho de 1999 ficou cerca de 22 horas fora do ar por problemas de infra-estrutura. Isso representou uma perda no seu faturamento estimada entre US$ 3 milhões a US$ 5 milhões!
Dispor de ambientes de alta disponibilidade e escalabilidade, com custos de propriedade adequados é o grande desafio dos gestores de tecnologia das organizações.
