Título: Shintaku lamenta saída de Rodrigues
 
O presidente do Sindicato Rural de Marília, Yoshimi Shintaku, lamentou a saída de Roberto Rodrigues
 
O presidente do Sindicato Rural de Marília, Yoshimi Shintaku, lamentou a saída do Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que pediu demissão do cargo, alegando problemas particulares em razão da esposa estar muito doente. “Ele era um bom articulador, respeitado e muito bom de conversa”, lembrou o dirigente mariliense que teve a oportunidade de conversar com o ex-ministro em algumas oportunidades. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou o pedido e Rodrigues deve ficar no posto só até sexta-feira, dia 30 deste mês.

A cadeira passará então a ser ocupada por um técnico, até o início do próximo mandato. Para o presidente do Sindicato Rural de Marília este detalhe era esperado em razão das eleições presidenciais que chamarão a atenção de todo o Brasil, e as opções para colocar uma pessoa no cargo á altura de Roberto Rodrigues, seria uma situação complicada para o presidente Lula. “Penso que em curto espaço de tempo dificilmente seria encontrado alguém do nível, da aceitação geral e do conhecimento que o ex-ministro tem”, avaliou Yoshimi Shintaku que acredita que a saída de Rodrigues é um revés para Lula. “O ministro Rodrigues era um dos seus ministros considerados operativos que sai do governo”, comentou.

FEBRE AFTOSA – Yoshimi Shintaku lembra que o ex-ministro da Agricultura esteve pessoalmente negociando a suspensão dos embargos à importação de carne brasileira por causa do surto de febre aftosa descoberto no ano passado, e que tem exigido uma atuação mais política do que técnica do governo. “Existem interesses comerciais por trás das restrições ao produto do Brasil que dificultam o fim do bloqueio ao produto do Brasil”, comentou o presidente do Sindicato Rural de Marília. Roberto Rodrigues, por sua vez, afirma que fez a sua parte, mas enfatiza que "questões comerciais" estão fora da alçada do governo.

Oito meses após a descoberta de focos da doença no Brasil, 58 países ainda mantêm o embargo à importação de carne brasileira. O governo só conseguiu reverter parcialmente a restrição ao produto imposta por três países. O registro de casos de aftosa no Paraná levou a Rússia a suspender a compra da carne de Santa Catarina também. A restrição, no entanto, atingiu todos os tipos de carne e não somente a bovina.