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“O trabalho com os princípios no Amor-Exigente se inicia conscientizando-se de que vivemos um período de transformações; aprendemos em seguida que nossos problemas e dificuldades escapam ao âmbito pessoal: eles são culturais. Ele faz resgatar valores perdidos no passado e mostra que, como pais, amigos, seres humanos, temos direitos, somos gente e não temos de ser uma fonte inesgotável de recursos. Na família, no trabalho, devemos nos ater apenas ao que é de nossa responsabilidade, não temos culpa pelos problemas que encontramos. Não geramos dificuldades de forma deliberada, podemos errar, mas nosso intuito tem sido o de fazer o melhor. Por outro lado, percebemos que influenciamos a vida das pessoas à nossa volta do mesmo modo como somos influenciados por elas” (Marina Canal Caetano e Hélio Caetano Drummond Filho, in “Amor-Exigente Espiritualidade uma nova vida”, página 89).
Uma vez conscientes, é hora de agir. O sétimo princípio básico encoraja-nos a tomar atitudes para mudar o que está inadequado. Isso nem sempre é fácil. Necessitamos de ajuda da literatura do Amor-Exigente, dos companheiros do grupo de apoio, da confiança em Deus e na proposta do Amor-Exigente. Tudo isso é fundamental, porém, precisamos de algo mais: precisamos somar nossa decisão, nossa vontade de realizar a mudança. Não temos poder para mudar o outro, mas podemos estabelecer limites de forma a não facilitar a ação do outro.
Devemos ter em mente que amamos a pessoa e, se lhe impomos limites e regras, nunca será para castiga-la, mas para torna-la melhor para si mesma e para o mundo à sua volta. Porém, temos consciência de que para cada ação há uma reação. Por isso, precisamos ser firmes. Não podemos ceder, mas administrar a situação de modo positivo, fazendo com que a mudança aconteça e proporcione melhor qualidade de vida a todos os envolvidos. Tudo isso é um processo que, muitas vezes, demanda tempo, paciência, fé e muita esperança.
O conhecido texto “A Lição da Borboleta” nos dá um exemplo claro do agir de Deus: o tempo nos fortalece, dá paciência e nos faz acreditar que iremos conseguir. A esperança é o carinho de Deus que nos envolve durante todo o processo de transformação.
No meu caso, precisei que uma pessoa amiga me dissesse:
- Mãe, você está com dó de si mesma, está com medo de sofrer. Tenha coragem!
E eu agradeço a Deus por ter colocado essa pessoa na minha vida naquele momento.
A todos os companheiros do Amor-Exigente, o meu respeito e o meu carinho.
Maria Luiza Soares Baía é coordenadora do Amor-Exigente, na região Leste de Minas. Colaboração de Lucila Costa, coordenadora regional de Amor-Exigente em Marília.
