|
||||||
![]() |
||||||
![]() |
||||||
![]() |
||||||
![]() |
||||||
![]() |
||||||
|
||||||
O presidente do Sindicato Rural de Marília, Yoshimi Shintaku, não se assustou com a informação de que a safra de grãos 2005/2006 teve uma elevação de apenas 5,3%, em igual período do ano passado. “Isso é reflexo das dificuldades que o agricultor vem passando em uma temporada complicada e cheia de crises”, disse o presidente ao observar que a colheita que chegou ao fim neste mês frustrou expectativas de alguns, de acordo com o último levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que alcançou 119,9 milhões de toneladas. Em relação ao período anterior (2004/2005), quando foram colhidas 113,9 milhões de toneladas, houve um aumento de 5,3%. Para Yoshimi Shintaku quem não deve ter gostado desses números foi o Governo Federal, que deve ter recebido a informação como um balde de água fria nos planos governamentais, que seriam usados para promover as ações do Governo politicamente. Estrategistas da campanha pela reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva planejavam utilizar a safra de grãos em peças eleitorais. Não só não poderão fazê-lo, como na comparação com Fernando Henrique Cardoso o rendimento do governo Lula na corrida dos grãos deixa a desejar: em nenhum ano o petista conseguiu superar o saldo obtido na era anterior. Na safra 2002/2003, por exemplo, o país teve o melhor ano da história, colhendo 123,1 milhões de toneladas (recorde que se mantém até hoje). A Conab identificou ainda uma redução na área plantada. O alto nível de endividamento, os problemas climáticos nas regiões Sul e Centro-Oeste e o desequilíbrio dos preços nos mercados interno e externo desmotivaram o produtor, fazendo com que a extensão cultivada caísse de 49,1 milhões de hectares para 47,3 milhões de hectares (-3,7%). “É triste dizer isso, mas o agricultor vem sofrendo a cada ano, mas esta última temporada foi muito dolorosa”, lamentou o presidente do Sindicato Rural de Marília. “O pior é que a tendência não é melhorar em razão do desequilíbrio climático”, disse Shintaku. O governo não arrisca fazer projeção para a próxima safra. O presidente da Conab, Jacinto Ferreira, antecipou, no entanto, que por causa do dólar barato os custos de determinados itens deverão cair em relação à safra passada. "Estimamos custos 20% menores por causa dos novos preços dos fungicidas e dos fertilizantes", afirmou em recente entrevista ao comentar os números apresentados. |
||||||
![]() |
||||||
![]() |
||||||