Título: Começam as negociações para o dissídio coletivo
 
Elias David de Souza e Yoshimi Shintaku discutem o acordo sobre dissídio coletivo de trabalho
 
Aconteceu esta semana na sede do Sindicato Rural de Marilia a primeira reunião envolvendo empregadores e empregados da área agrícola de Marília e região, para a decisão do dissídio coletivo de trabalho para a próxima temporada que tem como data base o mês de outubro. O presidente do Sindicato Rural de Marília, Yoshimi Shintaku, reuniu parte da diretoria para conversar com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Elias David Souza, que também esteve acompanhado de parte da diretoria do sindicato que preside. Além deles, estiveram presentes os presidentes do Sindicato Rural de Pompéia, Mirceu Moreira Corradi e da cidade de Cafelândia, Marcus Boccia Leite. “Foi o primeiro encontro e senti que a chance de um acordo aqui em Marília é grande”, avaliou Yoshimi Shintaku.

No encontro foram apresentadas algumas questões inicialmente propostas pelos representantes dos trabalhadores. O valor do piso salarial que está em negociação varia entre R$ 360,00 a R$ 450,00, além de outras questões que serão mantidas e outras que sofrerão pequenas alterações. “Este momento é assim mesmo”, acrescentou Yoshimi Shintaku que pela primeira vez discute o assunto com Elias David de Souza, que assumiu recentemente o cargo de presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. “Todos os anos a discussão era com o pai dele, o Senhor Antônio David, quando sempre chegávamos a um acordo, sem a necessidade do envolvimento da Federação”, recordou o dirigente patronal.

Diante da disposição de um acordo em breve, um novo encontro ficou marcado para o dia 30 de outubro, segunda-feira, às 16 horas, na sede do Sindicato Rural de Marília, quando uma contra-proposta por parte do representante dos trabalhadores será apresentada. “Acredito que no próximo encontro chegaremos a um denominador comum”, falou Yoshimi Shintaku que apresentou as propostas, após ouvir a opinião da diretoria do Sindicato Rural de Marília que discutiu todos os íntens apresentados pelo representante dos trabalhadores, na semana passada.

ARGUMENTO – Para o presidente patronal a situação da agricultura brasileira é muito delicada. São muitos os proprietários rurais que estão deixando o segmento, vendendo as propriedades em razão das dificuldades administrativas. “Hoje em dia para produzir é preciso ter conhecimento, capital e muita paciência”, falou Yoshimi Shintaku que aponta a falta de uma sucessão de novos empreendedores rurais e de líderes mais jovens, preocupados com a agricultura. “Em pouco tempo se algo não for feito, ou acabam as propriedades rurais ou a grandes empresas vão assumir a maior parte da agricultura”, ressaltou em tom de preocupação.