Título: Arterapia é atração entre as crianças da Santa Casa
 
Crianças e pais participam alegremente de projeto pioneiro na Santa Casa de Marília
 
Um projeto diferente e pioneiro é desenvolvido na Santa Casa de Marília junto às crianças do Pavilhão Infantil que estão internadas no hospital mariliense. Chamado de Arterapia, a professora de artes e artista plástica, Clélia Machado considera prazeroso o desenvolvimento do projeto que envolve crianças e seus respectivos pais. “Definimos um tema dentro do mês, baseado em alguma data comemorativa, e as crianças produzem os trabalhos de pintura ou teatro”, disse a professora que se divide entre as atividades no Educandário Bento de Abreu com o Projeto Arterapia da Santa Casa de Marília. “Quando estamos em atividade a pediatria não parece um hospital”, falou ao demonstrar muita paixão em realizar este trabalho. “Ver a satisfação e a alegria dessas crianças compensa qualquer sacrifício”, admitiu.

O projeto iniciado em fevereiro deste ano, permite que qualquer criança, uma vez internada no Pavilhão Infantil, independente do período que ficar, possa participar. Existe um local próprio para os trabalhos de pintura, mas se for preciso as crianças podem brincar nos quartos. “O objetivo do projeto é que a criança não sinta o clima tenso de um hospital”, falou a professora. “Procedimentos de enfermagem, algumas vezes são feitos no momento em que a criança está ocupada com as brincadeiras”, falou ao acreditar na necessidade de se ter muita paciência, amor a que faz e principalmente psicologia infantil. “As vezes os médicos procuram as crianças nos quartos, e elas estão alegres brincando dentro do projeto”, comentou ao observar a interação entre médicos, enfermeiros, pacientes e familiares. “É muito comum os pais entrarem na brincadeira”, disse.

Na opinião de Clélia Machado a Santa Casa de Marília foi muito feliz com o desenvolvimento do Projeto Arterapia, pois as atividades propiciam uma maior afetividade entre as crianças doentes. “A maioria dos trabalhos que elas produzem, são feitos com a mão esquerda”, alertou a professora ao reparar que a mão direita normalmente está com o soro ou medicamentos, e a criança é obrigada a desenvolver certa habilidade com a mão esquerda. “E saem trabalhos ótimos que são expostos dentro da Santa Casa de Marília”, explicou ao chamar o projeto de: Minha mão esquerda, em alusão a forma como as crianças participam. “Ensinar uma criança já não é fácil. Imagine com dor!”, comentou a funcionária que diariamente está no Pavilhão Infantil incentivando as crianças e seus acompanhantes a se distraírem. “Se ficarem parados, no quarto, pensam em coisas ruins”, acredita.

Apesar de estar em atividade há menos de um ano, o Projeto Arterapia desenvolvido pela Santa Casa de Marília já necessita de um espaço maior. Estudos neste sentido já estão sendo providenciados pela administração do hospital que recebe muitas doações de brinquedos, livros e gibis para o Pavilhão Infantil. “Esse projeto começou para nunca mais parar”, garante Clélia Machado.