Título: Dívidas no comércio chegam a R$ 13 milhões
 
Mauro Celso Rosa, vice-presidente da Acim, preocupado com a inadimplência no comércio de Marília
 
O sistema de informatização da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), passa a ter condições de monitorar o número de pessoas que estão inadimplentes no comércio local, bem como o volume em reais que deixam de circular na cidade. O vice-presidente da entidade, Mauro Celso Rosa, acredita que a partir do momento que houver uma maior conscientização por parte do comerciante do quanto a categoria perde com isso, a tendência será de uma maior cautela no momento de vender ou abrir um crediário. “Ninguém quer ter prejuízo”, frisou o dirigente que é um comerciante tradicional na cidade na área de eletroeletrônicos.

Segundo dados estatísticos da Acim 27.227 pessoas e seus respectivos CPFs estão sendo considerados devedores no comércio de Marília. Isto quer dizer que negócios não foram honrados e que comerciantes tiveram prejuízos. Em termos financeiros este débito com comerciantes marilienses representa R$ 13.960.734,85, ou seja, dinheiro que deixou de ser recebido nos últimos cinco anos por lojistas locais. “Isso demonstra o quanto é importante efetuar uma boa negociação e ter garantias de recebimento”, comentou Mauro Celso Rosa que acredita ser importante a divulgação desses dados para que os empresários passem a tomar medidas preventivas.

Na opinião do vice-presidente da Acim essas 27.227 pessoas em débito com o comércio elevam para 57.200 o total de dívidas, pois uma mesma pessoa pode ter mais de uma dívida. “Na verdade são aproximadamente 57 mil dívidas existentes, num universo de pouco mais de 27 mil pessoas”, comparou Mauro Celso Rosa que considera elevado o valor e a quantidade de pessoas e dívidas existentes. “Não resta dúvida que existe a necessidade de buscar meios de recuperar esse valor e essa pessoa de alguma maneira”, disse ao estudar alguns mecanismos para isso. “Ainda não temos nada definido, neste sentido, mas vamos trabalhar para reabilitar essas pessoas e colocar este dinheiro em circulação”, opinou.

Para evitar que esses índices aumentem, o vice-presidente da Acim ressaltou novamente a importância da consulta prévia ao Banco de Dados do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da Acim. “Não quer dizer que evite, mas ajuda a diminuir a inadimplência e aumenta cuidados para que o lojista não fique no prejuízo”, falou ao destacar que a informação do SCPC da Acim é nacionalizada, ou seja, qualquer débito no território nacional consta no banco de dados do SCPC da Acim.