Título: Santa Casa de Marília deve entrar em projeto do Governo
 
Milton Tédde é o provedor da Santa Casa de Marília, e é a favor do projeto do Governo do Estado
 
A Santa Casa de Marília deve fazer parte de projeto desenvolvido pelo Governo do Estado de São Paulo, que pretende liberar verba mensal permanente aos hospitais filantrópicos, que são considerados sem fins lucrativos e atendem pelo Sistema Único de Saúde (Sus). Os diretores do hospital mariliense e representantes da Prefeitura de Marília, bem como dirigentes da Secretaria Estadual da Saúde já iniciaram entendimentos neste sentido, pois é de interesse do hospital e do município fazer parte deste projeto estadual que inicialmente envolverá 30 entidades e até o final do ano incluirá mais 106 hospitais no programa. “É uma situação que nos interessa e beneficiará a comunidade mariliense e de toda região”, acredita o provedor da Santa Casa de Marília, o empresário Milton Tédde.

A ajuda financeira do Governo do Estado será carimbada, ou seja, o recurso só poderá ser usado para fins específicos, que ainda não foram determinados pelo Secretário Estadual da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, assim como o montante a ser repassado. “O secretário Barradas foi muito franco, quando parte da diretoria da Santa Casa esteve reunida com ele em São Paulo”, lembrou Milton Tédde ao explicar que a verba estadual será remanejada de outros setores da saúde, bem como haverá uma fiscalização do uso do dinheiro repassado. “A cada seis meses, os hospitais deverão prestar contas à secretaria”, lembrou a superintendente da Santa Casa de Marília, Kátia Ferraz Santana, ao lembrar que a Santa Casa de Marília está credenciada a participar do projeto, pois é referência regional em alta complexidade e seus funcionários participaram dos cursos de capacitação oferecidos pela Federação dos Hospitais, em parceria com a Secretaria Estadual da Saúde.

Atualmente existem 472 entidades no Estado de São Paulo. Somente 136 hospitais serão selecionados para participarem deste trabalho, que corresponde a 30% do total. A dívida hoje acumulada pelos dois mil hospitais filantrópicos brasileiros chega a R$ 1,8 bilhão. A maior parte da receita desses hospitais vem do Sistema Único de Saúde. “Para Marília é a chance de diminuirmos ainda mais o nosso déficit mensal que supera R$ 100 mil”, comentou o Provedor que acredita na queda sensível deste déficit com a participação da Santa Casa nesta ação do Governo do Estado. “Será um repasse que ajudará na manutenção e no investimento do hospital”, frisou Milton Tédde que vem conversando com o Secretário Municipal da Saúde, Júlio Zorzetto neste sentido, ao observar o apoio do Governo Municipal nesta inclusão de Marília na proposta da Secretaria Estadual da Saúde.

Kátia Ferraz Santana lembra que aproximadamente um hospital filantrópico gasta R$ 800,00 numa diária hospitalar em UTI, enquanto que o Sistema Único de Saúde paga pelo serviço apenas R$ 200,00. “Daí a compreensão de que o déficit mensal é inevitável”, completou a superintendente da Santa Casa de Marília.