Título: Clube faz balanço de atividades em cinco anos
 
Muladeiros de Marília comemoram quantidade de atividades em cinco anos de ação na região
 
Os integrantes do Clube dos Muladeiros de Marília atingiram a marca de 19 cavalgadas neste primeiro semestre de 2007, visitando oito cidades diferentes: Alfredo Marcondes, Campos Novos Paulista, Echaporã, Oriente, Oscar Bressane, Ourinhos, Tupã, Varpa e distritos de Amadeu Amaral, Avencas e Rosália, em balanço realizado pelo grupo que em 64 meses de atividades, os muladeiros já participaram de 133 atividades diferentes. “É uma participação importante, principalmente pelo resgate ao tropeirismo”, disse Luiz Arnaldo Cunha de Azevedo, um dos sócios fundadores do clube.

Segundo o integrante do clube no começo foi complicado, pois era preciso iniciar uma nova cultura entre os apaixonados em cavalgar com mulas e burros, pois o hábito maior é com cavalos. “Pode não parecer, mas existe uma diferença muito grande”, comentou o muladeiro, ao explicar a concepção do nome “muladeiro”, ou invés de “moadeiro”. “O correto é muares, o nome das pessoas que lidam com mulas, mas na linguagem popular a comparação é inevitável entre cavaleiros (com cavalos) e muladeiros (com mulas)”, explicou Luiz Arnaldo Cunha de Azevedo, ao afirmar que hoje a tropa é mais mansa, bonita e cada vez mais adaptada à função de cavalgar. “As mulas já não estranham o tosar freqüente das orelhas e crinas com maquina elétrica”, disse. “Hoje elas são todas adestradas e demonstram tranqüilidade no andar e no manejo”, garante.

Alguns eventos já se tornaram tradicionais entre os muladeiros, como são os casos do dia sete de Setembro, com a cavalgada anual do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), quando mais de cem muladeiros participam do encontro, bem como o evento do dia 12 de outubro, com a romaria a Nossa Senhora Aparecida. “E no final da cavalgada realizamos a prova de laço em bezerro, que é muito festiva”, disse Luiz Arnaldo Cunha de Azevedo. Outra data que se tornou importante é a do dia 11 de novembro, na comemoração dos setenta anos do distrito de Amadeu Amaral, que também reúne um grande número de mulas, cavalos e burros.

Segundo o sócio fundador do clube mariliense o importante é a união do grupo, e a demonstração de prazer em cavalgar. “Sem contar a confraternização entre os componentes do clube, que só tem crescido ultimamente”, disse ao ter cadastrado mais de 100 pessoas que gostam de participar das atividades organizadas pelo Clube dos Muladeiros de Marília. “Quem gosta de cavalgar e aprecia uma boa moda de viola, um pouso de tropeiro, pode juntar-se ao grupo”, informou Luiz Arnaldo Cunha de Azevedo ao colocar-se a disposição para mais detalhes na Rua Catanduva, 131, na sede do Sindicato Rural de Marília, que apóia a atividade do clube que reúne dezenas de proprietários rurais.