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Em toda crise há uma mensagem. Crise é a maneira pela qual a natureza força mudanças — rompimento com velhas estruturas, afrouxamento de hábitos negativos de forma que algo novo e melhor tome seu lugar.
Susan Taylor
Amor-Exigente é uma proposta para ação. O grupo está disponível a nos ouvir e amparar, mas esta não é a meta. A meta é que através do que aprendemos e com o apoio do grupo possamos AGIR. A ação começa pela tomada de atitude. Tomar atitude de forma estruturada, pesando as conseqüências, fortalecendo-nos, criando confiança em nós mesmos e em nossos pares poderá gerar uma crise. Claro, aquela pessoa que nós amamos, mas que vem se comportando de forma inaceitável, não está acostumada a nos ver agir- menos ainda agir de uma forma que ele (ou ela) não esteja “dominando o pedaço” como eles dizem.Mas a crise pode e deve ser uma oportunidade de crescimento. Crise é diferente de problema. Se nós é quem vamos estabelecer a crise, devemos nos preparar com calma, sem subestimar quem será afetado por ela. Crise estabelecida por nós não é uma oportunidade de vingança, de desforra. Ë um instrumento de educação e de retomada das rédeas de nossa família, de nosso lar!
Quando há abuso de substâncias psicoativas em nossa casa, costumamos viver em crise. São as noites de desespero com o filho que não chega, o medo cada vez que toca o telefone, dúvida se ele está apto a dirigir o carro/moto com o qual saiu, receio de onde e com quem ele está agora e um monte de outras crises. Todas têm uma característica em comum: são causadas pelo dependente e não por nós. O Amor-Exigente propões a mudança de papeis – vamos agora nós – os que não usamos drogas, os que somos responsáveis – vamos nós provocar a crise e colocar o dependente numa nova posição- a surpresa agora será dele.
Temos de ter em mente que a função da crise é educar, é mudar comportamentos. A crise não visa punir maus comportamentos mas sim muda-los. Não é uma vingança, é um processo de cura das relações familiares doentes!
Por Marcos L. SussKind – Membro do grupo de AE Tikvá de São Paulo.
Colaboração: Lucila Costa Coordenadora Regional de Amor Exigente
