Título: Movimento reúne autoridades marilienses
 
Movimento em Marília reuniu dezenas de pessoas cansadas do descaso com a sociedade brasileira
 
Dezenas de autoridades da cidade de Marília estiveram no auditório da sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção local, participando do movimento “Cansei”, liderado pela OAB Paulista, través do presidente Luiz Flávio Borges D’Urso, que mobilizou toda a sociedade como protesto apartidário, contra o descaso das autoridades diante de tanta impunidade, corrupção, criminalidade infantil, falta de segurança e elevada carga tributária, entre outros desmandos. “Marília não poderia ficar de fora, e fez seu manifesto”, disse Carlos Mattos, presidente da OAB mariliense ao recepcionar as autoridades presentes no auditório.

Pontualmente às 13 horas foi feito um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do acidente aéreo, em Congonhas, conforme solicitação da OAB Paulista, que coordenou a ação de forma integrada e simultânea em diversas cidades do interior, na capital e grande São Paulo. Em seguida, o conselheiro regional da OAB Paulista, Antônio Carlos Rosseli fez a leitura do manifesto, publicado na mídia pela OAB de São Paulo, assinado pelo presidente Luiz Flávio Borges D’Urso, líder do movimento. “Procuramos enfatizar bem os propósitos da manifestação, para que não haja qualquer interpretação errada, ou aproveitamento político”, defendeu Carlos Mattos que contou com um bom número de advogados e principalmente dos integrantes da diretoria mariliense. “Esse é um movimento da sociedade civil organizada, em que a OAB é a motivadora”, falou o presidente da subseção local.

Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília, Sérgio Lopes Sobrinho é preciso que haja um basta e mais respeito com a sociedade. “Não podemos mais nos calar, para não sermos coniventes com o que vem acontecendo”, disse o dirigente. “É preciso que tenhamos um fim do descaso e o início de esclarecimentos, apurações e soluções para casos que se arrastam há anos”, frisou Wilson Vidotto Manzon, da Força Sindical. “Temos que mostrar para a sociedade de uma maneira geral de que existem pessoas que não concordam com o que vem acontecendo”, ressaltou o vice-presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), da região centro, o empresário Mauro Celso Rosa.

PROPOSTAS – Depois da manifestação realizada o próximo passo será ir ao Congresso Nacional para defender as propostas de entidades que apóiam o movimento. “Trata-se de uma articulação com as esferas de poder. Não se trata de um movimento para derrubar as instituições políticas”, repetiu Carlos Mattos, ao acompanhar o pensamento do presidente D´Urso, que vem insistindo enfaticamente de que se trata de uma ação da sociedade e não de grupos contrários a ordem institucional do País. “É um movimento para que as pessoas reflitam, apenas isso”, resumiu o presidente da OAB de Marília.