Título: Prorrogadas parcelas da dívida rural de 2007
 
Yoshimi Shintaku anuncia solução paliativa de débitos em 2007
 
O presidente do Sindicato Rural de Marília, Yoshimi Shintaku, está informando todos os proprietários rurais de que o Governo Federal prorrogou o prazo das parcelas da dívida rural com vencimento em 2007, para mais um ano. Em recente reunião do grupo de trabalho do endividamento agrícola com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, chegou-se a conclusão de que o melhor seria a prorrogação das dívidas dos produtores rurais. Foi anunciado que as parcelas de custeio vencidas e que irão vencer em 2007, das operações prorrogadas de safras anteriores e que venceriam parcialmente este ano, foram prorrogadas automaticamente para um ano após o vencimento da última parcela.

Segundo o documento observado pelo presidente do sindicato patronal rural de Marília e região, em relação aos programas de investimento Moderfrota, Finame Agrícola Especial e Prodecoop, para as parcelas vencidas ou as que vencerão em 2007, que envolvem recursos de R$ 3 bilhões, deve haver um pagamento mínimo de 30% da parcela de 2007 e a prorrogação do restante para um ano após o final do contrato. “Os produtores que pagarem parcial ou totalmente esta parcela terão bônus de 15% sobre a parcela integral”, ressaltou Yoshimi Shintaku ao ler o documento da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). “Isso apenas para aqueles produtores que tiverem sua renda principal obtida com algodão, arroz, milho, trigo e soja”, acrescentou o dirigente mariliense.

Nos programas de investimento Moderagro, Moderinfra, Prodefruta, Prodeagro, Propflora, Pronaf e Proger Investimento, os produtores terão de pagar um mínimo de 20% da parcela vencida ou as que serão vencidas em 2007. O bônus para os produtores que pagarem o débito neste ano será de 5%. As operações envolvem recursos de aproximadamente R$ 400 milhões e valem para as mesmas culturas. “São medidas paliativas e apenas tornam possível o início do plantio da safra”, falou sem muita animação, pois entende que houve apenas prorrogação e não uma facilidade para o produtor rural. “Mas não deixa de ser uma alternativa viável, para aqueles que estão em situação delicada com os empréstimos”, falou o presidente. “O setor recebe a decisão como um reflexo da ansiedade do ministro em viabilizar o acesso dos produtores ao crédito”, declara.

O presidente Yoshimi Shintaku destaca que a CNA está iniciando, junto com o setor acadêmico, um estudo estrutural para dimensionar a real capacidade de pagamento do produtor para subsidiar o governo na formulação de propostas de negociação no longo prazo. "A partir desse estudo, será definido o percentual do faturamento que poderá ser utilizado para pagar as dívidas", acredita o presidente do Sindicato Rural de Marília.