|
||||||
![]() |
||||||
![]() |
||||||
![]() |
||||||
![]() |
||||||
![]() |
||||||
|
||||||
O presidente do Sindicato Rural de Marília, Yoshimi Shintaku, demonstrou muita preocupação ao comentar a possibilidade do País passar por nova crise de energia, principalmente no momento em que a economia acelera o ritmo de expansão, e o fantasma de escassez de energia volta a assustar os brasileiros. “Diante do comportamento das autoridades do assunto, não há ainda razões para pânico”, falou o dirigente mariliense que mesmo preocupado, acredita que uma solução deve ser encontrada a tempo. “A situação inspira cuidados e exige do governo resposta rápida para evitar um apagão, que atrapalharia o atual ciclo de crescimento do PIB”, comentou o sindicalista. Na semana passada, o preço do megawatt-hora no mercado chegou a R$ 569,60, atingindo o valor máximo permitido pela legislação. Em 2001, quando o país sofreu uma crise de energia que frustrou a retomada da economia iniciada um ano antes, o preço de mercado chegou a R$ 684. O atual desequilíbrio entre oferta e demanda de energia vinha sendo apontado já há algum tempo por empresários do setor e mesmo pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Hoje, a oferta está em torno de 51 mil MW médios. Já a demanda, puxada por uma economia que elevou de 3% para 5% ao ano a sua capacidade de crescimento, é de 53,5 mil MW. Para Yoshimi Shintaku o problema não existiria se o planejamento feito pelo governo há quatro anos tivesse se concretizado. Projetava-se, naquela ocasião, que em 2008 a oferta estaria em torno de 57 mil MW médios, para uma demanda de 54,5 mil MW. “Embora tenha crescido, está abaixo da estimativa feita. O sistema deixou, portanto, de oferecer 6 mil MW de energia”, explicou Shintaku ao tomar conhecimento sobre o assunto e ter dados com números atualizados. Mesmo com a falta de chuvas, com planejamento administrativo deficiente e descaso agrícola, Yoshimi Shintaku ainda é da opinião de que a situação é política. “O problema é que uma estiagem prolongada vem afetando os reservatórios de água das hidrelétricas”, disse o sindicalista. No Nordeste, a situação é crítica: os reservatórios estão com apenas 27% de sua capacidade total. “Diante da época do ano as hidroelétricas deveriam operar a pleno vapor, mas isso não está acontecendo, nem vai acontecer”. A preocupação do Palácio do Planalto, segundo ele, é com os estragos que um eventual racionamento causaria à imagem do governo em pleno ano eleitoral. “Percebe-se que havendo um arranhão no prestígio do Governo, a vítima deve ser a ministra Dilma Rousseff”, comentou o dirigente marilinse, ao lamentar a possível situação. |
||||||
![]() |
||||||
![]() |
||||||