Título: Comerciantes recebem visitas e ameaças telefônicos
 
José Augusto Gomes, superintendente da Acim, alerta para novos golpes no comércio de Marília
 
O superintende da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), José Augusto Gomes, está surpreso com audácia de novas formas de golpes que estão sendo aplicados no comércio de Marília. Um é quando o comerciante recebe a visita de um indivíduo se dizendo ser funcionário de escritório de contabilidade, na busca de cheque para pagamento de imposto, e outro é de ameaça em colocar o nome da empresa no cartório, por débito fantasma. “Novamente a intenção é pegar o comerciante desatento”, avisou o dirigente da Acim assustado com o assédio que os comerciantes de Marília estão tendo. “O alerta é para todos os sentidos”, generalizou o superintendente ao chamar a atenção de uma forma geral. “É preciso ter muita atenção ao ser abordado por assunto desconhecido”, avisou.

Segundo o dirigente da Acim é crescente o número de comerciantes que têm reclamado na sede da entidade, de terem sido abordados na empresa por um individuo que se identifica como sendo funcionário do escritório de contabilidade da loja, e que de última hora foi buscar o pagamento de um imposto esquecido pelo contador. “Como o comerciante está atribulado, acaba dando um cheque, ou dinheiro, do valor qualquer dito na hora, e o marginal some do mapa”, comentou José Augusto Gomes. “No começo me parecia brincadeira, mas muitos outros comerciantes reclamaram com histórias semelhantes”, percebeu José Augusto Gomes.

Outro golpe que tem acontecido no comércio local, porém já conhecido, é quanto à ameaça que é feito ao telefone, em colocar o nome da empresa ou do comerciante no cartório para protesto, por causa de uma dívida fantasma. O golpista afirma que o nome está sendo protestado, mas se houver o pagamento naquele instante, via depósito bancário, o processo pode ser interrompido. “Puro golpe, pois ninguém quer ter o nome próprio ou da empresa no protesto, e na dúvida acaba pagando”, comentou ao repetir que não se deve pagar nada, e nem dar dinheiro para nada, que não esteja devidamente documentado e esclarecido. “Na dúvida não pague e nem dê dinheiro para quem quer que seja”, frisou ao lamentar o descuido de alguns comerciantes que perderam dinheiro desta forma. “Organização, planejamento e informação são as armas para este tipo de golpe”, ensinou.

Na opinião do dirigente da Acim quando o comerciante receber o telefonema ou a visita do cobrador golpista, que procure a Acim para mais informações sobre estes assuntos. “Temos instrumentos para evitar que o golpe prossiga, e acionar a polícia de imediato”, disse José Augusto Gomes que não descarta a possibilidade das vítimas fazerem Boletim de Ocorrência na Polícia Civil, para reunir documentos que possam ser utilizados para um futuro processo crime. “Para evitar esses golpes, basta ter conhecimento e segurança da administração da empresa”, acredita. “Se existe dúvida, é porque nem tudo está em ordem”, concluiu.