Título: Público de baixa renda é atração no comércio
 
Sérgio Lopes Sobrinho, presidente da Acim, diz que consumidor tem que ser tratado como Rei
 
Dia 15 de março, sábado, é comemorado o Dia Internacional do Consumidor, e a Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), está alertando os comerciantes associados de que o público de baixa renda está se tornando o principal alvo das empresas brasileiras que descobriram este potencial que atualmente chega a 86% da população que ganha até R$ 2.860 mensais, são também os responsáveis por 52% do consumo no País. “Hoje em dia não se deve descuidar”, alertou o presidente da entidade mariliense, Sérgio Lopes Sobrinho, ao observar recentes dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Calcula-se que a população de baixa renda consome R$ 550 bilhões anualmente”, destacou o dirigente.

Segundo o presidente da Acim a chamada Classe “C”, é a verdadeira classe média brasileira, e responsável por 30% da massa de salários disponível para consumo. “Pode parecer o óbvio, mas contra números não se tem argumentos”, colocou Sérgio Lopes ao analisar os dados da pesquisa. “Em números absolutos essa população é que importa para o crescimento dos negócios”, frisou o dirigente que sempre defendeu a qualidade no atendimento como a única forma de atrair consumidores de qualquer classe econômica. “Qualquer pessoa gosta de ser bem atendida”, disse com segurança.

A importância do consumo de baixa renda está tão evidente que a demanda por pesquisas sobre esse público triplicou no último ano. As empresas querem saber os hábitos de consumo, identificar oportunidades e adequar os produtos e a comunicação. “Os empresários perceberam que para vender para esse consumidor é preciso uma mídia mais didática”, chamou atenção o presidente da Acim, ao citar como exemplo a quantidade de merchandising em programas de televisão populares. “Isso é um sinal deste comportamento empresarial”, acrescentou ao afirmar que 60% dos consumidores de baixa renda fazem propaganda boca a boca, enquanto apenas 20% dos consumidores de classe A, observam campanhas de médio a grande porte.

Para Sérgio Lopes Sobrinho o consumidor tem que ser tratado como rei. “É preciso estender tapete vermelho, oferecer conforto, comodidade e alegria”, falou ao apontar as obras de alargamento das calçadas na principal Rua do centro comercial da cidade como uma forma de valorizar o consumidor. “Queremos oferecer segurança, espaço, tranqüilidade para os consumidores de Marília e região visitarem as lojas da cidade”, falou ao garantir o primeiro quarteirão, na altura do número 900, como pronto para a comemoração do Dia Internacional do Consumidor.